𝐋𝐢𝐭𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚

capítulo 23

Quando voltaram à sala da casa, a primeira coisa que Sam avistou foi Nita deitada sobre o balcão do pequeno bar, enquanto um cara jogava bebida sobre sua barriga e a lambia. Outras pessoas em volta gritavam e incentivavam. Sam parou próxima da mesa, perturbada com a cena. Mon, por sua vez, não parava de encarar.

- Aonde estavam? - Jim apareceu perguntando, olhando de Mon para Sam.

- No banheiro. - Sam se apressou em dizer. - Fazendo xixi. - Mon sorriu amarelo e bebeu do líquido roxo e docinho que havia em seu copo.

- Esse tempo todo? - a menor questionou. Logo, Tee e Yuki se juntaram a elas.

- É, a gente meio que demorou a achar um banheiro. - Sam jogou uma mentira lavada, e Tee, ao ouvi-la, semicerrou os olhos, negando com a cabeça.

- O que aconteceu com ela? - Heng surgiu ao lado de Sam, perguntando ao fitar Nita.

- Não faço a mínima ideia. - a morena comentou.

- Antes de entrarmos no convento, precisamos fazer uma reza brava naquela dali. - Jim falou, olhando na mesma direção que todos.

- Quero nem ver o PT que ela vai dar. - Tee disse.

- Gente, é melhor frearmos ela agora. - Yuki falou, deixando seu copo sobre a mesa e caminhando até a garota que ria alegremente, ainda sendo o centro das atenções do pequeno círculo.

Tee revirou os olhos, mas acompanhou Yuki até lá para ajudá-la.

- Tava dando um perdido? Você sumiu. - Heng disse próximo de Sam, com um sorriso travesso.

- Estava procurando o banheiro. - a garota respondeu sugestiva, fazendo Heng rir, negando fraco.

- Meu amigo está interessado em você. Não tirou os olhos de você desde que chegou, por isso notei seu sumiço. Ele estava me perguntando. - Sam arqueou suas sobrancelhas, encarando Mon. Logo, Heng apontou com a cabeça para o moreno do outro lado da sala. O mesmo estava sentado no sofá, fumando o que parecia ser um charuto.

- Seu amigo, dono da casa? - Sam perguntou, franzindo o cenho, e o garoto assentiu. A garota riu alto com aquilo, fazendo Mon a encarar.

Mon olhou na direção que Sam apontava, observando Zayn com os olhos fixos neles. Ou melhor, em Sam. O rosto de Mon rapidamente se fechou, e ela se aproximou tocando a cintura de Sam.

- Acho melhor você avisar a ele que da fruta que ele gosta, eu chupo até o caroço. - Sam riu ao dizer aquilo, sentindo Mon tocar sua cintura.

- Certo, melhor avisá-lo rápido então. - O garoto sorriu.

- Hmm, pretendentes? - Mon soprou no ouvido de Sam, encarando-a.

- Não. Só o amiguinho emocionado do Heng. - Sam respondeu, dando de ombros. Mon estava por trás dela, com o queixo apoiado em seu ombro, olhando alternadamente entre Heng e o cara que os encarava.

- Uhum… - Mon respondeu com um suspiro.

- Melhor avisar que nenhuma freira aqui vai ficar com ele. - Sam disse, já se prevenindo. Heng ergueu as sobrancelhas, assentindo brevemente. - Henzoca querido, me dê aquele agrado agora, sim?

O garoto, entendendo o recado, tirou o cigarro de maconha do bolso e o acendeu antes de entregá-lo a Sam. Ela o pegou rapidamente, tragando do mesmo. Heng se afastou, voltando até o amigo, e Sam se virou, dando as costas para os dois, ficando diante de Mon. Mon estava com uma expressão não muito boa, bebendo da bebida em seu copo.

- Você quer dançar? - Sam soprou a fumaça para cima. Ao sentir o forte cheiro, Mon recordou-se e soube do que se tratava: um cigarro de maconha.

A freira estava quieta, com a cara fechada e aparentemente sem brechas para conversas. Sam iria tentar de novo, quando as garotas se aproximaram mais uma vez.