capítulo 25

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Assim que terminaram de almoçar, pegaram vassouras, esfregões, flanelas e todo tipo de produtos de limpeza para começarem os trabalhos na igreja. Tee ainda tentou fugir, mas foi segurada por Sam e Jim, não conseguindo escapar. Se dividiram entre quem iria varrer, passar pano e lustrar os bancos. Tee, irritada, se deu por vencida e pegou uma vassoura, logo começando a varrer o extenso piso.

Sam jogava vários produtos de limpeza dentro de um balde com água, fazendo uma mistura de cheiros. Mon estava próxima, com uma flanela nas mãos, colocando um produto para então ir limpar o púlpito e o piano no altar. Enquanto isso, Jim havia ficado encarregada de limpar uma fileira de bancos e Nita a outra.

- Dor de cabeça maldita. - Nita murmurou com uma careta. Tee, que estava próxima, ouviu e deu uma risadinha maldosa.

- Não tomou nada? - Jim perguntou, vendo a garota negar.

- Não achei remédios.

- Acho que devo ter algumas aspirinas. - Sam falou pesarosa. Mon logo a encarou, arqueando uma sobrancelha.

- Por favor, Sam... - a garota choramingou, pronta para ir com a noviça.

- Espere aqui que eu volto já. - Sam disse, logo se retirando, e Mon riu da expressão de chateamento que a garota fez.

Alguns minutos depois, Sam estava de volta e deu o comprimido para Nita. A mesma agradeceu, dando um beijinho em seu rosto, e foi até o bebedouro para pegar um copo de água. Sam até tentou fazer uma careta para a garota, mas achou a cena engraçada e, por isso, acabou rindo. A morena então voltou para perto do balde, pegando o esfregão e começando a fazer sua parte. Chegou próxima de Tee, passando o pano onde a garota já havia varrido, e notou que a loira agora estava com um humor melhor, cantando até uma música distraidamente.

- É só colocadinha devagar na pepequinha... - Tee cantarolava enquanto varria, mexendo levemente o corpo.

Sam riu do jeito da garota, e Jim fez o mesmo, observando que a mesma não saía daquela frase.

- Que música é essa? - a menor perguntou, fitando a noviça.

- Não sei. Ouvi ela ontem na festa e esse refrão ficou na minha cabeça. - disse, dando de ombros.

- Mas é em outra língua. - Jim observou.

- Sim, e daí? - perguntou, juntando levemente as sobrancelhas. - A batida era boa. - disse, voltando a cantar. Jim riu.

- Você nem sabe o que está dizendo. - a freira falou, arqueando suas sobrancelhas de forma realista.

- É verdade. - Sam comentou. Mon riu da cara que Tee fez.

- Deve ser algo relacionado a percussionista. - falou, parando com o que fazia, pensando sobre a música e associando as palavras.

- Ah, claro. - Sam falou em deboche, tomando fôlego antes de voltar a esticar os braços com aquele esfregão nas mãos.

- Eu duvido muito, - disse Jim com um sorriso humorado. - Vai que está cantando algo inapropriado.

- Acho que não. Ou sim. Não sei. Mas de qualquer forma, a música é boa. Acho que era brasileira.

- Várias músicas que tocaram lá ontem eram boas. Me diverti horrores! - comentou Nita, dando um largo sorriso, enquanto voltava a limpar os bancos.

- Percebemos! - todas disseram em uníssono, com um olhar irônico em sua direção. A garota deu de ombros, ainda com um sorrisinho.

Após Sam ter terminado de passar pano em toda a igreja, ligou os ventiladores do lugar para que o piso secasse mais rápido e sentou-se nas escadinhas do altar da igreja, observando Mon organizar tudo por ali. A freira, notando estar sendo observada, deu um pequeno sorriso de lado e se aproximou, sentando-se ao lado de Sam.

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