capítulo 42

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Quando seu pai voltou para o quarto, Mon se despediu ganhando apenas um aceno de cabeça do homem e vários beijos com um abraço caloroso de sua mãe. Não procurou estender mais tempo com a presença do homem ali, ele parecia curioso demais e Mon necessitou fugir de seu olhar e suas dúvidas.

Ao chegar na entrada do hospital, logo Mon avistou Sam do lado de fora encostada na lambreta azul. Sentia-se tão mais leve sabendo que tudo não passava de um grande susto, que sorriu vividamente para Sam ao ir de encontro a garota. Por pouco não agarrou a morena e lhe deu um beijão ali mesmo.

- E aí, como ela está? - Sam disse assim que a freira parou em sua frente.

- Ela está bem, vai receber alta hoje. Teve uma inflamação no apêndice e precisou retirá-lo, mas já está melhor. - Sam fez uma pequena careta de dor e Mon acabou sorrindo.

- É ótimo saber que está tudo bem. - a morena disse com um pequeno sorriso e se inclinou abraçando Mon com um aperto.

- Obrigada por me trazer aqui. - Mon disse ao separar olhando com olhos gratos para a garota.

- Me trás paz te ver em paz. Eu faria qualquer coisa por isso, Mon. - Sam disse com ternura e Mon se controlou para não beijá-la.

Sam parecia ter o mesmo intuito, mas tratou de negar controlando suas ações, assim logo pegou uma pequena sacola sobre o metal da lambreta e entregou para Mon com um largo sorriso.

Mon fez uma cara surpresa seguido de um olhar curioso para dentro da sacola, onde logo notou conter um embrulho no formato de uma pequena caixa.

- O que é isso? - disse erguendo o rosto para fitar Sam.

- Um presente. Para você. - a voz da garota soou com empolgação.

Mon sentiu-se animada ao vê-la daquela forma e logo retirou o
pacote com um embrulho prata. Ainda curiosa sobre o que seria aquilo rapidamente o abriu e quando se deu conta do que era, ao reparar na embalagem, negou olhando com olhos arregalados para a garota a sua testa.

- Não acredito. - Mon disse em choque olhando a caixa do aparelho em suas mãos.

- Abra Mon... vamos. - Sam dizia com um amplo sorriso, vendo a expressão da freira.

- Sam eu... eu não...

- Mon, não comece com esse negocio de "eu não", apenas abra o presente que eu lhe dei. - a morena disse quebrando seu sorriso ao ter uma expressão seria.

Mon suspirou baixinho, abrindo a caixa para retirar dali um lindo telefone celular. Não se conteve ao dar um sorriso em repleta alegria pois nunca tivera um daquele. E o mesmo parecia ser igual ao de Sam, era preto e tinha até uma maçãzinha atrás.

- Eu não sei nem como te agradecer, eu realmente estou surpresa e... e... meu Deus Sam, isso deve ter sido tão caro! - rapidamente Mon voltou a fitar a garota que lhe sorria, negando com a cabeça.

- Não foi, Mon. Poderia te dar uns dez desses se eu quisesse. - disse dando de ombros e Mon semicerrou seus olhos dando um fraco sorriso.

Sam realmente não estava brincando. Por sorte desde pequena seus pais mantinham uma poupança para ela e mesmo que não trabalhasse, mal mexia no dinheiro, sua avó sempre lhe dava de tudo. A conta no banco era em especial para uma futura faculdade, mas Sam ainda ponderava sobre aquilo. Sem falar que seus pais eram muito bem de condições, dinheiro definitivamente não era um problema para a garota.

- Pela virgenzinha! Irei demorar tanto para aprender mexer nele. - Mon sorriu abobalhada, tentando manusear o aparelho.

- Vai nada, você tem um dom para aprender as coisas muito rápido... - Sam falou de forma sensual, soando sugestiva. Mon a fitou e rapidamente sentiu-se corar com o olhar que a morena lhe dava.

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