Aiden começa a andar de um lado para o outro, aparentemente nervoso e com raiva, noto isso pela sua pupila dilatada.
-- O que esse desgraçado queria? – O senhor Ryan pergunta se levantando.
-- Tá an bastard sin ag iarraidh í a thabhairt ar ais. – Fala em outra língua. Provavelmente na língua nativa deles.
Quando o senhor Ryan ia falar algo, vejo os homens que estavam no canto, olharem ao mesmo tempo para fora. Um deles se aproxima da porta e vejo ele tirar discretamente uma arma.
Olho para fora através da janela de vidro, e sorrio correndo até a porta abrindo ela e me jogo nos braços do Max.
-- Max! Que bom revê-lo. – O abraço apertado. – Cadê o seu papai? Ele está bravo e ficou dentro do carro? – Pergunto tentando ver o pai dele.
-- Anna? – Paro de procurar e olho para ele, mas deixo de sorrir quando vejo ele sério. –
-- O que foi? – Me afasto um pouco.
Noto seus olhos se encher de lagrimas, mas ele não permite serrem derramadas. Respirando fundo, ele estica uma pequena mala para mim, a minha mala, a mala que ficava na casa dele.
-- Para que, Max? – Continuo confusa.
-- Eu vou ter que ir embora. – Fala com a voz um pouco embolada.
-- Vai para onde? Que hospital precisa de você? Vai ficar quantas semanas? – Ás vezes, mas viajava para algum hospital, ficava por umas semanas. Ele não gosta de me deixar sozinha.
Ele dá um sorriso, mas, um sorriso triste. Ele se aproxima de mim e me abraça, um abraço apertado. Seu rosto fica no meu pescoço, suas mãos na minha cintura.
-- Max? – O chamo baixo. Estou sentindo algo estranho. É como se ele estivesse..
Se afastando de mim, ele olha bem nos meus olhos e se abaixa, dando um beijo no canto dos meus lábios. Fico um pouco surpresa.
Ele nunca fez isso.
-- Eu te amo. Te amo tanto, minha raposinha. – Sorri e finalmente uma lagrima desse. – Quero que você seja feliz. Quero que você realize os seus sonhos, todos eles. – Me abraça novamente. -- Me perdoe! – Se afasta e beija minha testa e dá as costas, começando a se afastar.
Fico parada, sem saber o que fazer ou falar. Estou confusa, não estou entendendo. Por que estou sentindo algo ruim? Quando começo a voltar a raciocinar, ele já estava entrando no carro.
-- Max? – O chamo, mas ele não olha para mim. As lagrimas dos olhos dele começa a descer. – Max? – Vou me aproximando, mas ele continua me ignorando. Ele vira o carro e começa a sair. – MAX? ESPERA! MAX? – Quando vou correr para tentar alcançar o carro, sinto alguém me segurar.
-- Senhora? Você não pode ir. – Um dos moços fala ainda me segurando.
Não me debato, não falo nada, não paro de encarar o carro cinza se afastando. Não entendo, não consigo pensar em algo, não consigo lembrar se a Anna fez algo que fez ele querer ir embora para longe.
Para longe de mim!
-- MAX! – Sinto meus olhos molharem, mas não dou importância para isso.
Por que?
O que aconteceu?
O que a Anna fez?
-- Vem. – O moço segura a minha mão e sai me puxando devagar de volta para a casa.
Não olho para ninguém, não falo com ninguém. Somente me sento no sofá e olho para o chão confusa.
-- Quem é o cara? – Ouço o moço que tem um montão de colar no pescoço.
-- É o amigo dela. – Meu irmão diz.
-- Eu acho que Ex amigo, agora. – Diz.
-- Cala a boca, cara. – Aiden manda. – Mana? – Antes dele terminar, a porta é aberta e por ela, o Antônio entra carregando o picanha nos braços.
Enxugo meu rosto e me aproximo deles, mas paro quando vejo muito sangue. Ele está perdendo muito sangue.
Antônio coloca ele noutro sofá e se aproxima de mim. Toca no meu rosto e o levanta, tirando a minha visão do picanha.
-- O que foi? O que aconteceu? Por que está chorando? – Nego.
-- Deixa dá uma olhada nele. – Me afasto dele e me aproximo e me abaixo. – Aiden? Pode pegar algo que corte, por favor. – Peço e o mesmo se levanta e vai para a cozinha.
Minha mãe se aproxima e coloca a mão na testa dele, vendo a sua temperatura e a mesma torce a boca.
-- Muito quente. – Fala.
-- Sim. – Confirmo.
Já tinha visto isso. Vi isso pela palidez dele, seus olhos muito dilatados e seus lábios já começando a rachar. Por estar nesse estado, mostra a quantidade de sangue que ele perdeu. Não sei como ele está acordado ainda.
Assim que aiden se aproxima, pego a faca da mão dele e corto a blusa, e a puxo ate a altura do pescoço.
A cada vez que ele respira, sangue ai do ferimento dele. Me levanto e corro para o andar de cima, e entro no quarto que estava, mas vejo outras malas aqui.
-- De quem são essas .. – Me calo e me abaixo para pegar a minha maleta que quando.
Foco, Anna.
Trouxe isso para caso precise usar no pequeno. Desço correndo novamente e vejo minha mãe fazendo uma pequena pressão no ferimento.
-- Pelo jeito, a bala ficou lá dentro. Temos que levar ele para um hospital. – Ela diz.
-- Não dá tempo. Tem que tirar aqui e agora. – Falo e olho na direção do canto. – O senhor pode levar eles lá para cima? Por favor. – Falo com o moço que veio com a tal Angel.
-- Vamos. – Ele chama eles.
Me viro de volta para o picanha, vou até bar que tinha no escritório do Antônio e pego uma garrafa.
Me abaixo perto dele, pego o que ia usar, que é uma pinça. Para que iria usar a pinça? Ninguém sabe, mas resolvi trazer. Criança é fogo.
Jogo um pouco de álcool em cima e no machucado também, fazendo picanha se contorce, o que acaba me acertando a mão no meu rosto, especificamente no meu nariz. Resmungo de dor.
-- Segurem ele, por favor. – Antônio e meu pai liam o segura.
Pai. Ainda é estranho.
Quando vou começar, paro e fico um pouco tenta. Nunca fiz isso, não sou médica. E se dá errado?
-- O que foi, querida? – A mulher ao meu lado pergunta.
-- Eu não sou médica. Posso acabar machucando mais ele e ... –
-- Confiamos em você. – Antônio diz e sorri de lado.
Somente confirmo ainda relutante, mas se não fazer nada, ele vai morrer. Nunca fiz isso na vida. Mas via os médicos fazendo. Apesar de ser de berçário, as vezes participava de outros procedimentos.
Não é Á toa que eu sou enfermeira geral. Amo e odeio a minha profissão!
Me levanto mais e me inclino para ver direito, aproximo a pinça e olho para picanha. Enfio dentro do ferimento e começo afundar de leve, tentando achar a bala, o que não demora.
Puxo para fora e jogo ela do meu lado, pego a agulha e a linha. Não me perguntem para que eu trouxe. Já disse, criança é fogo.
Faço tudo rápido e começo a saturar o ferimento, mas sempre passando um paninho com álcool para poder limpar
🌟.....
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Pequena baby
Fanfic-- Seu feioso! solta eu. Anna Naum gosta do atônio. -- Manda em meio ao choro. -- Cala a boca, anna. -- Mando irritado. -- Você é minha, entendeu? Minha, caralho! -- Falo a colocando dentro do carro. -- FEIOSO! -- Bato a porta do carro nervoso. 1...