Saio da minha casa e vou até os estábulos, vendo alguns dos meus peões trabalhando, principalmente o picanha, que era responsável pelos cavalos.
Quando Anna me colocou para deitar, consegui dá um pequeno cochilo, mas logo não consegui ficar deitado por muito tempo e tive que levantar. Achei uma graça ela ficar brava por não ter continuado deitado.
Fico aliviado também que aquele medo que ela estava, não era de mim, pelo menos é o que ela mostrou. Não vou pressiona-la a falar o que a deixou daquele jeito, vou esperar o tempo dela, quando se sentir confortável, conta.
-- Patrão. – Picanha sorri de lado. – Eu .... Sinto muito pelo senhor Marlon. – Somente confirmo, indo na direção do meu cavalo.
Passo a mão nele e olho de relance para a égua do Marlon, linda, ele colocou esse nome nela. Reviro os olhos, mas sorrio. Ela tem a pelagem meio avermelhada, tudo nela, na verdade.
Entro na baia do café e vou olhando em volta, e lembro da parte ‘’ secreta’’ que tem aqui. Me abaixo e abro a portinha, vendo uma caixa media com alguns papeis e um pen drive.
Pego aquela caixa, me levanto e saio da baia, indo até a saída. De longe, noto um carro se aproximando.
-- Quem é? – Pergunto ao picanha.
-- Não sei, patrão. Não é desconhecido, os peões não deixariam entrar se fossem. –
Sem falar nada, sigo para entrada da minha casa, onde aquele carro estava parando. Uma bota preta é a primeira coisa que vejo, para logo minha mãe aparecer por inteira e logo meu pai.
-- Neném da mamãe! – Diz animada e vem me abraçar.
Não teria outra hora melhor para aparecer.
-- O que fazem aqui, mãe? – Me afasto um pouco do abraço de urso que ela estava me dando.
-- Credo, Antônio! É assim que você trata a sua mãe? – Cruza os braços.
-- Me desculpe, mãe. – Ela volta a sorrir e me abraçar. – Achei que ficariam uns dois anos por lá. –
-- Não aguentei. – Resmunga.
Olho para o meu pai e faço somente um movimento com a cabeça o cumprimentando. Solto um suspiro. Merda! Com eles aqui vai complicar.
-- Vamos entrar, querido. Estou cansada e com fome. – Pega em minha mão e sai me puxando. – Por que tem tanto peão em volta da fazenda? – Pergunta enquanto entra.
-- Estamos com alguns problemas, mãe. – Falo sendo sincero.
-- Hum. – Somente resmunga e me olha desconfiada. – Cadê Marlon? – Olha em volta.
-- Não sei. – Dou de ombro e saio de perto. – Estou resolvendo umas coisas. –
-- Antônio! – Paro ao ver a baby saindo do meu escritório.
Ela estava com bico, de braços cruzados, mas para quando vê os meus pais atrás de mim, mudando totalmente a postura que estava.
-- Quem é ela? – Minha mãe volta a fazer perguntas.
-- Minha namorada. – Anna me encara.
-- E você não nos disse nada!? – Pergunta brava se aproximando, apertando Anna em um abraço apertado. Vejo que ela fica um pouco desconfortável. – Como você é linda! Olha amor, ela é tão linda. – Mexe no cabelo dela.
-- Antônio? Cadê o porco que você disse que ia ... – Minha sogra aparece. – Ah, oi. –
-- Pela aparência, eu diria que você é a mãe dessa menina aqui, não é? – Mamãe se aproxima.
-- Sou sim. Muito prazer, Lydia Gearoid. – Sorri apertando a mão da minha mãe.
-- Sou maria silva Montenegro, muito prazer. – A abraça. – Esse é o meu marido, Gustavo Montenegro. – Meu pai somente acena com a cabeça. – Não se preocupe, ele é ogro igual ao filho. – Reviro os olhos.
-- Mãe? Por que não sobe e descasa um pouco? –
-- Não quero mais. Irei ficar aqui e conhecer a minha nora e a mãe dela. – Fala empolgada.
Anna me encara assustada, mas desvia a atenção ao ver o Vitor na ponta das escadas. Ela faz os sinais para ele ficar aonde estava, e sobre, o pegando no colo.
-- O pequeno Vitor. – Se aproxima dele e toca seu rosto, que esconde no pescoço da mãe. – Marlon saiu e deixou ele? É um milagre, ele é apegado nesse menininho. –
-- Tenho que voltar a trabalhar. – Vou para o escritório.
Assim que entro, vejo o Ryan fumando um charuto, enquanto olhava par a tela do notebook. O que ele tanto mexe ali?
Coloco a caixa em cima da mesa e vejo ele se aproximando. O primeiro envelope era vermelho, o segundo amarelo e o outro é verde.
Pego a primeira e abro, mas logo me arrependo. Era fotos de uma criança ruiva, com sardas no rosto. Ela estava deitada no chão, somente com a peça de baixo da roupa intima. O corpo dela estava vermelho, como se tivesse batido com algo, mas que não deixasse marcas.
Na outra, ela estava de cabeça baixa, enquanto o desgraçado que estamos atrás, segurava ela pelo cabelo. Tinha outros homens em volta, todos davam risada.
Tinha muitas outras, mas que não tive coragem de olhar e joguei na mesa, vendo Ryan as pegarem com as mãos tremulas.
Não precisa ser o mais esperto, para saber quem é aquela criança.
Fecho meus olhos por um tempo, logo voltando a mexer naquela caixa. Pego a amarela e estava escrito algumas coisas da onde ele andava e ainda anda, mas o que estava circulado, era dois lugares, que na verdade é uma divisão.
Ele tinha falado isso.
-- O que tem no meio dessas duas divisões? – Pergunto.
Apesar de viver aqui, tem lugares que eu não vou, ou porque eu não posso mesmo, já que faz parte de um território de mafioso.
-- Eu não sei. – Suspiro.
-- Igreja. – Me viro para a porta.
Anna acaba entrando no escritório e o pai dela fecha a parta, mas noto um sorriso de lado, um sorriso triste, com um olhar que dizia ‘’Eu já vi ‘’.
-- Nessa divisão de território tem uma igreja. Eu sei, porque me lembro de ouvir todos as vezes, a cada quinze dias, á noite, um sino tocar. Quando aquela mulher me levou, eu consegui ver o mesmo sino. –
Me aproximo ela e abraço, me sentindo mal por ela ficar relembrando dessas coisas, mesmo não tendo culpa.
-- Posso ouvir aqueles sinos. Eles sempre tocavam três vezes para começar e duas vezes quando terminavam. Eu via pelos buracos uma pequena cesta passando entre as pessoas. –
-- Não fique pensando nisso. Vamos achar ele. – Beijo o topo de sua cabeça.
-- Fica difícil a cada momento. – Suspira, mas logo se afasta e sorri. – Sua mãe gosta de abraçar. Não me disse que eles estavam voltando. –
-- Nem eu sabia. – Resmungo.
-- Eu acho que o seu pai não gostou muito de mim. – Faz bico.
-- Ele te disse algo? – Ryan pergunta se aproximando.
-- Não. Mas já cuidei de pessoas que não gostavam de mim. Ele tem o mesmo olhar. –
-- Se ele falar ou fazer algo, mando eles para alguma das casas. – Digo.
-- Eles são os seus pais, não pode fazer isso. – Me repreende, cruzando os braços.
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Pequena baby
Fanfic-- Seu feioso! solta eu. Anna Naum gosta do atônio. -- Manda em meio ao choro. -- Cala a boca, anna. -- Mando irritado. -- Você é minha, entendeu? Minha, caralho! -- Falo a colocando dentro do carro. -- FEIOSO! -- Bato a porta do carro nervoso. 1...