Passado. Decima oitava vida de Izuku.
– Pronto para começar, Toshi?
– Vamos lá, Izuku – O arroxeado sorriu de lado, se posicionando, e agarrou as faixas com ambas as mãos.
– Aqui vou eu...
Izuku avançou sem sua peculiaridade, mas ainda com velocidade, ensaiando vários ataques para que Shinsou tentasse o prender com as faixas. Ele estava cada vez dominando-as mais, e em breve poderia usá-las em batalha. Enquanto valsavam entre as arvores nesse vai e vem de golpes, as coisas deram errado. Quando eles se aproximaram da saída da floresta e Izuku preparou um soco que acertaria precisamente o rosto do mais alto, as faixas - que até então estavam sob controle -, se agitaram, Shinsou perdendo o controle.
O que resultou nos dois amarrados, juntos, rindo, e pendurados de cabeça para baixo em uma arvore.
– Pelo menos o pôr do sol daqui é lindo.
– Eu posso nos soltar, sabe? – Midoriya se balançou.
– E me explodir no processo? Aizawa-sensei estará aqui antes que a noite chegue.
Os dois riram novamente. Izuku sentiu seu peito quente.
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Presente.
– Nós viemos aqui para declarar guerra.
– Ok. Kaachan, que tal você ficar quieto um pouco, sim? – Midoriya deu um passo a frente com um sorriso amigável antes que o loiro pudesse falar alguma coisa. Katsuki rosnou.
– Não me diga o que fazer, Deku de merda!
O esverdeado se colocou a frente de Bakugou quando ele liberou uma explosão, recebendo todo o dano que iria aos espectadores, antes de agarrar o braço do garoto e o torcer com força, para a palma ficar virada contra o corpo do loiro, e o restringir na parede. Uraraka soltou um gritinho assustado enquanto olhava para Izuku, que agora tinha a parte do ombro do uniforme completamente destruída, mostrando uma cicatriz de queimadura no trapézio que se assemelhava a marca de mão.
– Permitam que, como líder da classe, eu me desculpe por Kaachan. Ele é um pequeno cão raivoso desde nossa infância, mas ele não fala por nós – Izuku virou a cabeça para a multidão, dando um sorriso aberto e, em seguida, focando apenas em Shinsou – Eu espero que tenhamos um bom festival, e caso você ou qualquer outro seja admitido na classe de heróis, ou um de nós seja demitido, acredito que será apenas justo.
– Eu não posso sair da sala por um minuto?! – Aizawa abriu caminho pela multidão com os cabelos voando. Ele olhou o quadro geral antes de se focar em Bakugou que tentava se soltar, mas era mantido em um aperto de ferro.
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Onde foi que eu errei?
أدب الهواةOs vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário