Os vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário
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Passado. Vigesima primeira vida de Izuku.
A brisa suave do Rio de Janeiro acariciava os rostos de Keigo e Izuku enquanto voavam pelo céu noturno, iluminado pelas luzes do carnaval. Abaixo deles, a cidade parecia pulsar com vida e energia, uma sinfonia de cores e sons que combinava perfeitamente com a sensação de liberdade que voar trazia.
Izuku sorria amplamente, maravilhado com a vista deslumbrante. Ele se sentia leve, como se pudesse tocar as estrelas com as pontas dos dedos. Ao lado dele, Hawks observava-o com admiração, o coração batendo forte no peito. Ele havia convidado Izuku para essa viagem para mostrar-lhe um pouco mais do mundo, para compartilhar com ele um momento de paz e beleza após tantos anos de luta e batalhas.
Era difícil para o herói Deku, o número um, sair do país. Mas, por sorte, Uruaguai estava em uma guerra civil e solicitou a ajuda de Deku. Uma noite para dar atenção a Hawks, que estava de férias no Brasil, era aceitável, claro que após a resolução do problema do Uruguai. E Izuku conseguia cobrir a distância em poucas horas com sua velocidade máxima. Um pequeno sacrifício para passar tempo com uma de suas pessoas favoritas.
Enquanto sobrevoavam o Cristo Redentor, Izuku sentiu um impulso repentino de compartilhar algo especial com Hawks. Ele se concentrou, projetando suas asas de energia pela primeira vez para além de seu quarto. A luz brilhante que emanava delas iluminou o céu noturno, criando um espetáculo que combinava com a magia da festa abaixo deles.
Keigo parou no ar por um momento, estranhando Izuku não estar ao seu lado, então olhando para a fonte de luz atras de si. Seus olhos se arregalaram e sua boca se abriu. O coração errou uma batida, em seguida engatando em um ritmo frenético que fez o som pulsar em seus ouvidos.
Izuku parecia um anjo. Lindo. Incrível. Espetacular. Divino.
No entanto, as asas de energia falharam, e Izuku piscou com força, a visão escurecendo momentaneamente. Um momento de pânico o envolveu antes que Hawks o agarrasse, segurando-o firmemente em seus braços.
– Foi mal, comecei a tentar essa forma a pouco tempo, não consigo evitar liberar mais energia do que deveria – Deku apertou a camisa de Hawks, sentindo suas orelhas esquentando – Eu só queria que você fosse a primeira pessoa a ver, achei que seria um bom momento...
– Obrigado – Hawks disse suavemente, sabendo que se deixasse, Deku continuaria a murmurar, principalmente desculpas.
Izuku olhou nos olhos de Hawks, perdendo-se na intensidade âmbar. E então, sem dizer uma palavra, o loiro inclinou-se para frente e capturou os lábios de Izuku num beijo suave, cheio de promessas e desejos.
Para Hawks, aquele beijo era uma declaração de amor, a confissão de seus sentimentos mais profundos por Izuku. Um amor que floresceu durante a guerra quando ele se aproximou do mais jovem para procurarem por Shigaraki e AFO e não cabia mais em seu peito.