Denki está confiante. Ele chegou as quartas de final, com o segundo lugar a seu alcance – ele sabe que jamais derrotaria Izuku -, e tudo que ele precisava fazer era enfrentar Shinsou. Ele é inteligente, não para os estudos, mas para a vida. Ele já sabe como a quirk de seu oponente funciona e como evitá-la. É uma luta ganha.
Mas as coisas começam a dar errado quando ele sai da sala de espera e encontra Izuku parado ao lado da porta, braços cruzados e um olhar intimidante. O outro não fala consigo, mas o olha da cabeça aos pés demoradamente, um sorriso de lado nos lábios. Então, com uma risadinha, murmura uma boa sorte que Kaminari tem certeza não ser para a luta em si.
A segunda coisa a dar errado foi que ele tropeçou. Ele. Tropeçou. Quando estava subindo na arena, indo direto para beijar o chão. Não, Present Mic, ele não estava nervoso, só era incrivelmente atrapalhado mesmo.
– Foda-se – Kaminari resmungou. Ele ergueu o tronco sabendo que já era considerado o alívio cômico do festival. Massageou o nariz. Viu uma mão estendida.
– Você está bem?
Kaminari congelou a escutar a voz aveludada. Achou que Shinsou estaria do outro lado da arena, o que era um pouco distante. Olhou para cima para ver o arroxeado.
E entendeu para que Izuku lhe deu boa sorte.
Que garoto fodido de lindo!
– Não se preocupe, a luta não começou, então não vou usar minha quirk – Shinsou se ajoelhou para nivelar os olhos ainda com a mão estendida, realmente preocupado com a cara de tapado do outro – Mas você está bem mesmo? Quer lutar ainda?
– Hã? O que?
Se recomponha Denki Kaminari. Você ainda está no chão, seu estupido.
– Aparentemente o que tem em beleza falta em cérebro. Ou será que é por causa da sua quirk? Frita seus neurônios quando usa?
E assim, Shinsou ganhou a luta antes mesmo dela começar quando Kaminari guinchou, se levantou e correu para longe dele com o rosto vermelho.
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Hawks só era chamado pela presidente quando tinha missões, então ele não entendia o que estava acontecendo, mas também sabia que não era bom. Sakura. Não, senhora Nakamura, era uma mulher que não desperdiçava seu tempo, então assistir ao festival de esportes da Yueei não era um passatempo.
Ele não gostou. Não, porque ele sabia que devia resguardar seus pensamentos, ações e reações na frente dessa mulher que poderia usar toda e qualquer coisa contra si. E ele não queria guardar nada quando viu o homem – não, o garoto – do telhado de semana passada representando os alunos do primeiro ano.
E foda-se, ele sabia voar muito bem. Sua velocidade podia se equiparar a sua, e ele não era conhecido como o homem mais rápido por nada.
Mas nem toda a sua força e experiência o impediu de se agitar na luta entre Midoryia e Bakugou. Suas penas se balançaram de contentamento e admiração quando aquelas asas de energia – uma ambiguidade de amarelo e verde com pequenos detalhes vermelhos – apareceram. O jeito que ele olhou diretamente para a câmera enquanto descia com Bakugou nos braços, parecia estar encarando sua alma.
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Onde foi que eu errei?
FanfictionOs vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário