Os vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário
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Izuku estava bêbado, ou tão bêbado quanto se era possível ficar quando seu corpo era como uma usina de energia, fazendo tudo funcionar tão rápido que se livrava de qualquer toxina mais rápido que elas podiam fazer efeito. A vantagem dessa condição era que, ao menos, ele não poderia morrer por overdose ou envenenamento.
Obrigada Enku.
O problema era que Izuku queria ficar muito bêbado. Porque pelo menos bêbado ele conseguiria tirar sua mente um pouco da burrada que fez e ter um pouco de prazer na foda de merda que esse cara estava sendo.
A burrada em questão foi a aproximação de Hawks quando o dia estava amanhecendo. Foi aparentemente sem malicia, mas ele se lembrava muito bem do sorriso de Hawks quando eles estavam namorando e ele corrigia sua maquiagem – o que ele fazia de proposito algumas vezes. O sorriso era seu mundo e ele sempre agarrava Keigo em seguida.
E ele notou como o herói reagiu. Ele se inclinou no seu toque, seus olhos desceram para sua boca antes de acompanhar o movimento de seu braço e arregalar os olhos. Keigo o evitaria por causa disso.
Mesmo que ele não tivesse pensado ativamente em beijá-lo – ele não sabia -, ainda não teria impedido. A sobrecarga do momento o faria questionar a proximidade entre eles. E não importava as ordens da comissão, Hawks evitava envolvimentos.
Não que Izuku soubesse as ordens, mas a cada volta, quanto mais importante ele era, mais a HPSC queria controlá-lo, sempre usando o Takami para isso.
E droga, ele estava tão feliz de poder estar na vida do loiro, mas agora sabe-se lá quanto tempo até que as mensagens voltem e ele apareça na madrugada para voarem, após seu treino.
Esse também era o motivo dele ter saído do bar da liga para se encontrar com um cara qualquer em uma balada. E agora, perto da meia-noite, uma hora depois da patrulha de Hawks ter terminado, ele estava no telhado, sem parte das roupas e com um idiota achando que estava arrasando em fodê-lo.
Ridículo.
Ele afastou o homem com um grunhido.
– Ok, vaza.
– Não, ei, eu não terminei – O homem tentou novamente se aproximar, mas deu de cara com uma barreira de energia.
– Ah cara, você não conseguiu nem me fazer ficar duro. Seu gemido já é mais do que suficiente para me broxar de qualquer modo. E puta que pariu, sua primeira vez? Você não sabe socar – Izuku arrumou suas roupas – Vou atras de alguém que saiba foder, você claramente não sabe.
– Ei gracinha, isso não vai rolar – Quando o homem tentou novamente se aproximar, ele foi parado por uma pena vermelha que encostou em seu pescoço.
– Acho que eu o escutei te mandar sair daqui.
Izuku olhou para cima com um suspiro, fechando os olhos ao ver Hawks. Ele ainda estava com seu uniforme de herói, voando pouco acima deles, e com uma expressão assustadoramente sexy. Deku não o sentiu ou viu chegando, mas definitivamente não o queria ali.
