Os vilões são realmente os vilões? Izuku se perguntou isso desde sua vigésima volta. Agora ele tinha certeza de uma coisa: se o importante era o fim, o caos do processo era necessário
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Shinsou sabia uma ou duas coisas com base em suas experiencias de vida. A mais importante era como não revelar sua quirk a ninguém, para evitar desconforto. Mas isso o levava a também não se aproximar de ninguém visto que logo no início de qualquer amizade todos queriam derramar sobre seus poderes e saber sobre o seu, o que sempre levava a um afastamento.
E a segunda mais importante era não chamar atenção. Nenhuma. Ele não precisava de amigos, todos eram no máximo seus colegas, e como ele estava visando mudar para o curso de heróis, até mesmo esse status se tornaria nada para os estudantes do departamento geral.
Mas essa regra de não chamar atenção foi jogada fora com muita facilidade quando, durante uma aula de Present Mic, o garoto verde que se apresentou como representante da sala 1-A, entrou na 1-C, com o foco nele. Foi automático que seus colegas de classe seguissem o olhar, logo todos os olhos estavam em Hitoshi.
– Yamada-sensei, estou levando-o – O esverdeado declarou e Shinsou tremeu.
– Suponho que você tenha autorização para isso – O professor questionou, sorrindo.
– Suponho que o senhor estava na reunião que Nedzu-sensei fez ontem – O garoto devolveu, não alheio a como o professor tremeu com a menção do diretor, assim como todos os profissionais faziam.
– O terei de volta hoje?
– Irei avaliar sua necessidade de estar nas aulas, mas conforme eu e Nedzu-sensei definirmos, talvez ele não volte – Shinsou tremeu novamente, com os olhos arregalados. Ele estava saindo da U.A? Sem nem mesmo ter a chance de tentar ser herói?
– Bem. Shinsou-kun, arrume suas coisas e acompanhe Midoriya-kun – Mic lhe deu um olhar de pena. O arroxeado sentiu como se uma guilhotina estivesse descendo em direção ao seu pescoço.
É isso, até mesmo a U.A vê minha peculiaridade como vilã. Foi bom enquanto durou.
O adolescente guardou suas coisas e rumou para fora da sala de aula, sem olhar para os lados ou mirar o garoto que foi mandado lhe acompanhar para fora do campus. Ele o seguiu em silencio enquanto o aspirante a herói a sua frente praticamente saltitava. Mas o caminho, apesar de ser realmente para fora do prédio das aulas, não foi para o portão principal.
– Eu gostaria que estivéssemos indo para a academia, mas hoje o Mirio-senpai está utilizando-a junto a outros terceiranistas, então vamos fazer a avaliação na área de testes do prédio de suporte. Espero que não se importe, Shinsou-kun.
– Teste? Que droga está acontecendo? – Shinsou parou seu passo.
– Eu preciso saber qual é o estado atual do seu corpo, suas limitações físicas, mentais e peculiares, antes de determinar qual melhor treinamento e o ritmo. Não podemos simplesmente treinar até a exaustão todos os dias, isso vai sobrecarregar você e então no festival você estará acabado – Shinsou continuou parado, reprimindo a vontade de colocar Midoryia em seu controle e descobrir exatamente o que era aquilo, porque não podia ser verdade o que estava entendendo. Alheio a sua bagunça, o outro continuou – E eu não quero que você colapse antes do festival, dessa forma você não conseguirá uma boa colocação e vai diminuir as chances de entrar no curso de heróis. Mesmo que eu consiga uma forte opinião para te ajudar, você precisa demonstrar que merece ou minhas palavras não terão credibilidade.
