Cap 49: Buquê

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Kankuro não soube explicar o alívio que sentiu ao ouvir o barulho da tranca, deixou que Kiba entrasse no quarto antes de si e quando finamente teve um deslumbre do local, possuiu apenas um único pensamento... "tinha sido caro". O quarto possuía uma decoração minimalista com alguns detalhes verdes, mas o que chamava atenção era a cama, os lençóis brancos que ao deslizar a mão sentiu a maciez, acabou não resistindo.

Se deitou com prazer, respirando fundo enquanto o quarto exalava um cheiro bom de tempurá e gyudon - a comida escolhida por Kiba -, o barulho do armário se abrindo e de suas roupas sendo postas em uma gaveta o fez se sentir confortável, se fechasse os olhos conseguiria imaginar que aquele era mais um dia qualquer em uma rotina em que ele e Kiba moravam juntos.

- Quer que eu prepare o banho? - a voz de Kiba apenas o fez se esticar e mudar de posição tentando encontrar uma ainda mais confortável.

- Agora não.

- O que é isso!?

A pergunta fez Kankuro abrir os olhos, virou o rosto de forma que pudesse encarar Kiba e ao ver ambos os objetos que estavam em mãos, preferiu adotar uma postura indiferente.

- Uma tira de camisinhas - respondeu de forma simples, internamente pensava em algo mais inteligente para se dizer quanto a quantidade, afinal de contas, seis era uma número mais do que suficiente.

- Eu sei o que é isso - o Inuzuka disse tentando não rir - iria te perguntar se tem problema de guardar junto com as que eu trouxe, mas a pergunta é sobre isso...

Ao ser questionado novamente o marionetista se virou, voltando a se deitar e se esforçando ao máximo para que se rosto não pudesse ser visto pelo outro, tendo em vista que era bem mais fácil responder sobre a quantidade e existência de camisinhas, mas quanto ao fato dele ter uma pequena parte do buquê de Hinata... aí já era outra história.

- Foi disputar pelo buquê!? Você não pode fazer esforço.

- Claro que não, se fizesse isso machucaria minha mão - respondeu na mesma hora.

- Isso quer dizer que se estivesse boa você iria? - Kiba perguntou novamente insistindo na provocação.

- Foi a Hinata que me deu e eu sei o que significa, mas é que na hora ela passou por mim e disse "quero que faça o Kiba-kun feliz" e me entregou isso. Na hora apenas aceitei e...

- Até no dia do casamento a Hina me faz passar vergonha - o comentário veio seguido de uma risada.

Kankuro não se permitiu rir, não sabia dizer se o comentário do outro possuía algum fundo de verdade e sinceramente aquele era o tipo de assunto que preferia evitar, eles não tinham anos de namoro como Temari e Shikamaru e não moravam juntos como Hinata e Sakura, aquela questão ainda estava muito longe para ser discutida. Escutou passos e em questão de segundos, visualizou Kiba a sua frente, ainda possuía o pequeno ramo em mãos e por meros segundos, Kankuro o imaginou usando o terno novamente... como diabos casamentos conseguiam disparar tantos gatilhos?

O Inuzuka separou as flores - duas tulipas roxas e um pequeno ramo de aster branca -, deixou em mãos apenas uma tulipa que gentilmente foi posta contra o pescoço alheio, a principio possuia uma dúvida "engraçada" com relação a tonalidade, onde podia jurar que se tratava do mesmo roxo que estampava o rosto alheio mas logo em seguida, se transformou em um desejo inconsciente. Antes que pudesse perceber, deslizava lentamente a flor pela lateral do pescoço alheio, passeando pela clavícula, tamanha delicadeza junto com a maciez da flor fez o marionetista fechar os olhos, aproveitando a sensação de ter quase que uma pluma sob a pele.

- A flor combina com você - Kiba comentou.

- A cor é do tipo de roxo que eu gosto.

- Não estou falando da cor, mas da textura - acrescentou - lembra a sua pele.

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