Cap 32: Eu não sou o meu pai

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A princípio tudo corria bem, o jantar aparentava ser amigável, principalmente por Hana e Kiba sempre terem algum tipo de assunto para a mesa - algo raro, já que praticamente vivam brigando - e mesmo que pudesse parecer que Kankuro e Gamon se sentiam meio excluídos por mal falarem, aquilo não aconteciam pois preferiam o silêncio.

- Kakashi me disse que você é um ótimo Anbu, Gamon - Tsume comentou.

Aquele posicionamento fez certa curiosidade surgir em Kiba, era raro ver sua mãe interagindo com o Hokage mas de um jeito completamente misterioso e atípico o Hatake parecia extremamente solícito para qualquer coisa que sua mãe precisasse, não só ela mais qualquer um do clã Inuzuka. Do outro lado da mesa Hana o encarou por segundos, a mesma também partilhava daquela estranheza e por mais que fosse normal que o Hokage tivesse uma boa relação com os clãs, o relacionamento entre Kakashi e o clã Inuzuka sempre pareceu ter uma espécie de favoritismo no meio.

- Sua especialidade é com armas, certo? - A matriarca continuou.

- Sim, geralmente eu trabalho na área de fabricação e de testes dessas armas mas sempre que precisam de mim, faço algumas missões.

- Bom saber - Tsume comentou dando um gole em sua bebida - desse jeito a Hana não tem perigo de ir pra missões perigosas junto com você.

- Mãe...

- Eu sei que deu um jeito de acompanha-lo em algumas missões - a mais velha logo a cortou - e por mim tudo bem que ela participe de algumas missões com você, Gamon mas se isso se tornar uma rotina, eu acho que ela deveria ser promovida a Anbu também.

- Eu vou comentar isso com meus superiores - Gamon disse julgando que aquela seria a melhor resposta, mesmo que não tivesse a mínima ideia se Hana queria aquela promoção ou não.

Hana preferiu ficar em silêncio, tanto ela quanto Kiba sabiam que quando Tsume colocava algo na cabeça mudar ou mostrar um posicionamento contrario, era extremamente difícil de se fazer.

- Agora uma coisa bastante engraçada é que se precisa de um julgamento para que tenha a informação de que um dos meus filhos quebrou o nariz em uma luta.

O comentário fez Kankuro ficar tenso de forma quase que automática, de alguma forma sentia que a responsabilidade daquele ocorrido iria cair sobre si.

- Coisas assim acontecem - Kiba se defendeu de forma tranquila.

- Sim, mas você estava lutando contra um jinchuriki - Tsume acrescentou e olhou para Kankuro.

- Foi o Shino que organizou as lutas - o Sabaku delatou.

- O Shino? - a matriarca fez um questionário retórico mas mesmo assim Kiba afirmou - aquele garoto realmente sabe o que faz, mas as vezes eu sinto que ele apenas se arrisca.

- Pelo menos foi só um nariz quebrado - Hana acrescentou não achando nada demais.

- O nariz é bastante importante para a nossa família, e você sabe bem que dependendo da pancada, o olfato não volta totalmente.

- Mas não foi esse o caso - Kiba rebateu sentindo o olhar que Tsume lançava para Kankuro, aquilo claramente era um pequeno sinal de que ela estava tentanto fazer o outro assumir que tinha certa culpa naquilo - e o Kankuro cuidou de mim, por isso me recuperei bem.

- Se ele tivesse cuidado tão bem assim, nunca teria quebrado pra início de conversa.

- Então está dizendo que sou fraco? - o mais novo rebateu irritado - não importa se estou lutando contra um jinchuriki ou não, nossa família sempre deu o seu melhor em todas as batalhas, e eu não faço diferente.

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