* Dois dias depois *
- Qual o seu nome? - um homem desconhecido questionou Kankuro com um ar ameaçador - aqui diz que trabalha como carpinteiro, é isso mesmo?
- Akira. Sim... mas eu me classificaria mais como um "faz tudo".
O homem era alto e as inúmeras cicatrizes que cortavam seu rosto ressaltavam a áurea intimidadora, uma das mãos lia um pedaço surrado de papel enquanto a outra se apoiava no cabo de uma faca, passando a sensação de que ele iria saca-la a qualquer momento. O marionetista havia trabalhado duro para sustentar a nova identidade, homens como aquele sempre o questionavam do porquê estar procurando a organização e diante de tantas ameaças ainda não sabia dizer se estava acostumado.
- O que te faz querer entrar na Tomeki? - o homem o questionou.
- O mesmo que todo mundo - a resposta veio meio insegura.
- Existem diversos motivos para entrar na Tomeki - a voz do desconhecido soou irritada - a maioria não crê no modelo político dos Kage's, principalmente quando a Areia que é uma Aldeia pobre insiste em tentar ser igual a Folha que claramente tem bastante capital. Outros simplesmente são movidos pela injustiça da fome, ou não são contra o monstrinho viado que lidera isso tudo aqui.
Kankuro precisou de muito auto controle para não usar seu jutsu contra o homem a sua frente, ninguém deveria falar sobre alguém daquela maneira e muito menos do seu irmãozinho.
- Onde se encaixa, novato?
"Aquele corpo deplorável não prestaria nem mesmo para se tornar uma marionete de batalha", o Sabaku pensou.
- Acho que esse desejo por controle estragou a Aldeia - comentou com convicção - ninguém parece se importar muito com a fome ou o progresso, apenas se interessam pelo posto do Kazekage.
O homem sorriu diante da resposta, como se fosse o tipo de coisa que sempre quis ter ouvido. Um grito agudo fez Kankuro se virar na direção, teve a visão de um corpo caído no chão que esbanjava sangue enquanto uma figura potente se mostrava indiferente a cena e inerente aos gritos de socorro e estribuchamento de dor, ao ter o olhar de todos voltado pra si, o assassino apenas sibilou que o candidato havia sido "reprovado" e pela expressão de calma dos outros entrevistadores foi fácil entender que era um procedimento dentro do padrão.
- Não está acostumado a mortes, Akira? - o entrevistador o perguntou, mas Kankuro não conseguiu desviar o olhar. Não que fosse a favor da matança, mas sempre imaginou que para tudo havia um motivo, nada era supérfluo e aquilo... aquela cena, se tornava algo extremamente visceral - Akira?
Da segunda vez, o Sabaku até tinha escutado mas não havia processado que o homem se referia a si, ainda era muito cedo para associar o novo nome. Não houve um terceiro chamado, um tapa forte veio do lado esquerdo no rosto de Kankuro o fazendo prestar atenção a força, o marionetista levou a mão até o local que ardia como uma lembrança mais do que dolorosa e ao encarar o interrogador mais uma vez, sentiu a ponta de seus dedos coçarem como se implorassem para que fizesse sua arte.
- Quando eu chamar o seu nome, você tem que me responder. Entendido?
- Sim - Kankuro respondeu com convicção ignorando o alerta constante de perigo que sua mente gritava.
- Pode me chamar de Kitaro. E é normal os novatos não estarem acostumados com a nossa maneira prática de resolver as coisas, mas não se preocupe, você logo vai pegar o jeito. Vou te mostrar as instalações, então tente acompanhar o meu ritmo.
Kankuro o seguiu receoso, sem conseguir esquecer a cena de segundos atrás, se sentia como um animal de rua que seguia alguém em busca de conforto mas que muito provavelmente poderia ser chutado. Andaram por certa de 5 minutos os fazendo voltar para a pequena Vila que servia de fachada para a organização, e ao caminharem pela ruas todos desviavam o local, quase como se fosse perigoso demais dirigir apenas o olhar.
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Party |[ Kankukiba ]|
FanfictionQuando chegaram perto na frente da porta, uma espécie de paredão foi formado atrás de Kiba, se antes ele estava pensando em desistir, agora não teria mais volta. Ao bater a porta o Inuzuka jurou para si que se fosse atendido por algum casal, teria u...