Party |[ Kankukiba ]|

Cap 47: Vinho

* Duas semanas depois *

Kankuro se considerava um verdadeiro hipócrita, havia prometido que nunca mais pisaria em Konoha mas ali estava ele, indo justamente em direção a Aldeia da Folha. O motivo era simples, entendia sobre regras de etiqueta e mesmo que não tivesse tanta intimidade com Hinata e muito menos com Sakura, recusar um convite de casamento causava um clima chato, ainda mais quando Kiba tinha o pedido para ir como seu acompanhante.

O pensamento de estar se movendo por quilômetros apenas por um pedido de seu namorado o fez revirar os olhos, havia desenvolvido o mesmo defeito que tanto julgava em seus irmãos que sempre cediam pros seus respectivos namorados... Kankuro era um baita hipócrita.

Ao longe conseguia ver o arco que indicava a entrada da Folha, sua mão tremeu de leve enquanto a mente implorava pela sensação calmante da nicotina, estava nervoso e a memória constante de que já fazia cerca de 3 horas desde o último cigarro reforçava a necessidade do fumo. A princípio o cigarro o ajudava em momentos de estresse, e para o marionetista os dias que se passaram após sair do hospital com quase nenhuma esperança de que conseguiria mover sua mão com a mesma mestria de antes, havia sido sim um dos momentos mais estressantes e o alívio acabou por se tornar vício.

E ele até pensava em parar, mas não quando sua mão ainda continuava no gesso e ainda possuía longas seções de fisioterapia pela frente.

- Shikamaru me disse que o noivo usa um quimono tradicional e que apenas os padrinhos usam terno - Temari comentou animada.

Sua irmã esbanjava esbanjava um sorriso, de todos era a mais ansiosa, a tradição e consequentemente o casamento na Folha era completamente diferente da Areia e Kankuro desconfiava que ela quisesse ter uma noção de como seria o próprio casamento caso fizesse em Konoha, ou quem sabe misturar as tradições.

- Shikamaru me disse que o noivo usa um quimono tradicional e que apenas os padrinhos usam terno - comentou animada.

A observação fez Kankuro estreitar as sobrancelhas, na Areia as roupas dos noivos eram produzidas por suas famílias, fazendo com que os vestidos e ternos nunca fossem iguais e a ideia de ter um "modelo" único para todo e qualquer casamento o fazia pensar que Konoha não possuía a menor criatividade.

- Padrinhos? - o marionetista a questionou.

- Eu achei meio estranho também, em Sunagakure a família é quem auxilia os noivos, mas aqui são escolhidos padrinhos e madrinhas para ajuda-los nos preparativos e a se arrumarem, por exemplo.

Latidos animados fizeram a conversa se encerrar e antes mesmo de Akamaru estar no campo de visão de Kankuro, ele já possuía um sorriso no rosto, o cão correu em disparada em sua direção e por pouco não o derrubou no chão. A recepção calorosa o fez se sentir mal por meros segundos, tendo em vista que tinha cogitado não comparecer, mas agora ao ver o "sorriso" de Akamaru e a companhia até a entrada da Folha, o fez se sentir totalmente arrependido.

Lee fora o primeiro a correr em direção a Gaara, Shikamaru fora mais paciente dando uma última tragada em seu cigarro e o jogando no chão afim de descarta-lo - algo que fez Kankuro se irritar, ele até queria dar um pequeno trago -, e enquanto ouvia um falatorio animado de Rock sobre levar a bagagem de seu namorado, o Sabaku se dava conta de que não tinha mais ninguém para recebe-lo. Os latidos de Akamaru o fizeram se agachar, para que conversassem tendo a mesma altura, como também era uma estratégia para que o cão não voltasse a pular em si e acabasse o derrubando.

- Ele está ocupado? - perguntou querendo ter certeza no que o cão queria dizer em relação a Kiba.

- Kiba e Shino são os padrinhos da Hinata - Lee comentou, aparentava estar tão animado quanto Temari.