After Depois da Verdade ( Jikook)

Capítulo 68

JUNGKOOK

Enquanto meus dedos deslizavam pelos braços dele, notei cada pequeno detalhe da pele se arrepiando sob o meu toque. Ele está com frio, é claro, mas uma parte de mim quer acreditar que esse arrepio é por minha causa. Isso alimenta meu ego e, de alguma forma, me faz querer mais. Quero que ele sinta isso, que cada toque meu provoque uma reação involuntária nele. Eu quase desejo que ele perca o controle da mesma forma que eu estou prestes a perder.

Aperto meus braços ao redor dele quando ele se mexe no meu colo, criando uma pressão contra o meu quadril que, de alguma maneira, é tudo o que eu queria. O calor do corpo dele contra o meu é um contraste direto ao frio que o envolve, e eu mal consigo controlar o desejo de aumentar ainda mais essa fricção.

Minha respiração está pesada, meus pensamentos nublados, e tudo o que consigo pensar é que nunca desejei tanto alguém com tanta intensidade e frequência. Isso está me consumindo de uma forma que não entendo, mas não posso evitar. Cada movimento dele sobre mim, cada toque, só me faz querer mais.

Sim, já transei com muitas pessoas antes. Foi sempre por diversão, pela adrenalina de poder me gabar depois — nunca busquei proximidade, não como agora, não como com Ji. Com ele, tudo é diferente. Eu anseio pela sensação, pela resposta do corpo dele ao meu toque. O jeito que sua pele se arrepia com tanta facilidade sob meus dedos, e como ele sempre reclama que isso o obriga a se depilar mais. Eu reviro os olhos como se achasse irritante, mas, na verdade, acho engraçado, até charmoso.

Mas o que realmente me prende é o som. O som que ele faz quando prendo seu lábio inferior entre meus dentes, aquele gemido suave que escapa, e o estalo da minha mordida leve. É viciante. E, mais importante ainda, é algo que só nós dois compartilhamos. Um momento tão íntimo que ninguém mais jamais chegará perto. Ninguém nunca esteve nem nunca estará assim com ele, desse jeito.

Isso me dá uma sensação de posse, algo profundo que não entendo completamente, mas sei que gosto.

Seus dedos pequenos deslizam lentamente pela barra da sua camiseta, subindo-a enquanto minha boca suga a pele sensível ao redor do seu mamilo. O gosto dele é inebriante, mas eu paro abruptamente, interrompendo o momento.

— Não temos muito tempo — aviso, minha voz rouca com o desejo que estou tentando controlar. Ele me olha com um biquinho nos lábios, algo que me faz querê-lo ainda mais, quase como se ele soubesse exatamente o efeito que tem sobre mim.

— Então tira logo a roupa — ele sussurra, a voz carregada com uma suavidade que me desarma. Há algo na forma como ele tem se soltado, como tem ficado cada vez mais à vontade comigo, que só aumenta minha obsessão.

— Você sabe que não precisa pedir duas vezes. — Seguro firmemente o quadril dele, levantando-o com facilidade e o levo direto ao sofá.

Em um movimento rápido, tiro a bermuda e a cueca, e faço um gesto para que ele se deite. Enquanto isso, vou até a carteira que deixei sobre a mesa e pego uma camisinha. Quando me viro, ele já está tirando a calça — aquela maldita calça de ioga.

Nunca, em meus vinte anos, vi algo mais sexy do que isso. Não sei o que exatamente a torna tão especial — talvez seja o modo como ela se ajusta perfeitamente às suas coxas, realçando cada curva impressionante, ou talvez seja porque destaca o formato perfeito da bunda dele. Seja o que for, uma coisa é certa: ele vai precisar usar isso em casa o tempo todo.