JIMIN
Jungkook nem sequer estremece enquanto limpo suas feridas. Mergulho a toalha de volta na pia cheia d’água, tentando diluir o sangue no tecido branco. Ele ergue os olhos para mim. Está sentado na borda da banheira, e eu, de pé entre suas pernas. Ele levanta as mãos mais uma vez.
— A gente precisa colocar alguma coisa no seu polegar. — aviso a ele, torcendo a toalha encharcada.
— Vai ficar tudo bem — responde ele.
— Não, olha como está fundo — insisto. — A pele já é só cicatriz, e você fica abrindo de novo. —
Ele não diz nada, apenas observa meu rosto. — O que foi? — pergunto.Abro o ralo da pia, para escorrer a água cor-de-rosa, e espero por sua resposta.
— Nada… — mente ele.
— Fala.
— Não acredito que você ainda me aguenta. — diz.
— Nem eu. — Abro um sorriso. Ele faz uma cara feia. — Mas vale a pena. — acrescento, com sinceridade. Jungkook sorri, e levo a mão ao seu rosto, alisando sua covinha com o polegar. Seu sorriso fica mais largo.
— Claro que sim — ele responde e se levanta. — Preciso de um banho. — Jungkook tira a camisa e se inclina para abrir o chuveiro.
— Vou para o quarto então. — digo a ele.
— Ué… por quê? Vem tomar um banho comigo.
— A sua mãe está logo ali na sala. — explico calmamente.
— E daí… é só um banho. Por favor?
Não sei dizer não para ele; e Jungkook sabe disso. O sorriso em seu rosto depois do meu suspiro de derrota é a prova.
— Abre minha camisa? — peço e me aproximo dele.
Levanto minhas mãos e acaricio o cabelo dele, e seus dedos encontram os botões imediatamente. Quando o tecido da camisa bate no chão, Jungkook comenta:— Gosto dessa camisa.
Ele tira a calça e a cueca, e eu tento não olhar para o corpo ao desfazer o cinto e tirar as calças. Quando fico completamente nu, Jungkook entra no chuveiro e estende a mão para mim.
Seus olhos percorrem o meu corpo e param em minhas coxas, franzindo a testa.
— O que foi? — Tento me cobrir com os braços.
— O sangue. Está em você. — Aponta para algumas leves marcas vermelhas.
— Não tem problema. — Pego a esponja e limpo o sangue da pele.
Ele tira a esponja de mim e enche de sabão.
— Deixa comigo. — Jungkook se ajoelha, e a visão dele diante de mim me deixa arrepiado. A esponja se move para cima e para baixo em minhas coxas, em círculos lentos. Esse menino tem uma conexão direta com meus hormônios. Ele aproxima o rosto da minha pele, e tento não me contorcer à medida que seus lábios tocam meu quadril do lado esquerdo.
Jungkook mantém uma das mãos na parte de trás da minha coxa, me segurando no lugar, enquanto repete seus movimentos na coxa direita.
— Me passa o chuveiro — diz ele, interrompendo meus pensamentos pervertidos.
— O quê?
— Me passa o chuveiro — repete.
Faço que sim com a cabeça e solto o chuveiro do suporte para entregar a ele. Me encarando com um brilho nos olhos e água pingando da ponta do nariz, Jungkook vira o chuveiro e aponta diretamente para a minha barriga.
— O quê… o que você está fazendo? — murmuro, enquanto ele vai descendo o chuveiro. A água quente golpeia a minha pele, e eu fico só olhando, ansioso.
— Está gostoso?
Faço que sim com a cabeça.
— Se está bom agora, o que vai achar quando eu descer um pouquinho mais…? — Cada célula do meu corpo se acende, dançando sob minha pele à medida que Jungkook me provoca de um jeito torturante. Tenho um sobressalto quando a água me atinge, e Jungkook sorri.
A água é tão gostosa, muito melhor do que jamais imaginei que pudesse ser. Meus dedos se enrolam em seu cabelo, e eu mordo o lábio inferior para abafar os gemidos. A mãe dele está na sala, mas não consigo fazê-lo parar — é uma delícia.
— E então? — Jungkook exige uma resposta.
— É bom… não para — ofego, e ele ri, trazendo o jato mais para perto de mim, para aumentar a pressão. Quando sinto a língua macia de Jungkook desliza sob a minha pele sensível, quase perco o equilíbrio. É demais, a língua me lambendo junto com a pulsação da água fazem meus joelhos fraquejarem.
— Jungkook… Não… — Não sei o que estou tentando dizer, mas, quando ele acelera os movimentos de sua língua, puxo seu cabelo, com força. Minhas pernas começam a tremer, e Jungkook solta o chuveiro para usar ambas as mãos para me segurar. — Porra… — xingo baixinho, na esperança de que o barulho da água abafe meus gemidos. Sinto seu sorriso junto de mim enquanto ele continua a me levar ao delírio. Fecho os olhos com força e deixo o prazer tomar meu corpo. Jungkook afasta a boca apenas por tempo suficiente para dizer:
— Vai, lindo, goza para mim.
E é exatamente isso que eu faço.
Quando abro os olhos, ele ainda está ajoelhado, segurando o pau duro e grosso entre os dedos.
Ainda tentando recuperar o fôlego, fico de joelhos. Seguro-o em minha mão, acariciando-o.— Fica de pé. — ordeno, calmamente. Ele assente, as pálpebras pesadas, e levanta. Coloco-o na boca, lambendo a pontinha.
— Cacete… — Ele prende a respiração, e giro a língua ao redor dele. Passo os braços em volta de suas pernas, para manter o equilíbrio no chão molhado, e enfio seu pau fundo em minha boca.
Jungkook enterra os dedos em meu cabelo molhado, me mantendo parado enquanto move os quadris, entrando na minha boca.
— Ah, eu podia ficar enfiando na sua boca por horas.
Ele começa a se mover mais depressa, e eu solto um gemido. Suas palavras me fazem aumentar a sucção dos lábios, e ele fala outro palavrão. A forma animalesca como ele usa minha boca é nova. Ele está no controle total, e estou adorando.
— Vou gozar na sua boca, lindo.
Jungkook puxa meu cabelo um pouco mais, e posso sentir os músculos de suas pernas rijos sob minhas mãos, e ele exclama meu nome várias vezes quando chega ao clímax em minha garganta.
Depois de algumas respirações irregulares, ele me ajuda a ficar de pé e beija minha testa.
— Acho que estamos limpos agora. — Sorri, lambendo os lábios.
— Eu diria que sim — respondo, recuperando o fôlego, e pego o xampu.
Assim que estamos de fato limpos e prontos para sair, corro as mãos pelo seu abdome, seguindo o desenho do crânio em sua barriga. Minha mão desce um pouco mais; Jungkook, no entanto, impede seu avanço.
— Sei que sou irresistível, mas minha mãe está logo ali na sala. Tenha um pouco de autocontrole, mocinho — brinca ele, e dou um tapa em seu braço antes de sair do banho e pegar uma toalha.
— Isso vindo de alguém que acabou de… — Fico vermelho, incapaz de terminar a frase.
— Você gostou, não é? — Ele ergue a sobrancelha, e eu reviro os olhos.
— Vai buscar minhas roupas no quarto — peço num tom autoritário.
— Sim, senhor. — Ele envolve a toalha na cintura e sai do banheiro cheio de vapor. Enrolo o cabelo na toalha e limpo o espelho com a mão.
O Natal foi caótico e estressante. Eu provavelmente devia ligar para Tae mais tarde, mas primeiro quero falar com Jungkook sobre essa ideia de voltar para a Inglaterra depois da faculdade. Ele nunca falou disso antes.
— Toma. — Jungkook me entrega uma pilha de roupas e me deixa me arrumar em paz no banheiro.
Fico feliz de encontrar uma cueca de renda junto com a camiseta preta e a calça de moletom. Uma cueca limpa, porque a de hoje está suja de sangue dos machucados dele.
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After Depois da Verdade ( Jikook)
Fanfiction[ EM ANDAMENTO ] Como apagar da memória as noites apaixonadas em seus braços, ou a eletricidade de seu toque? Jungkook sabe que cometeu o pior erro de sua vida ao ter magoado Jimin tão profundamente. Ele não acha que merece tê-lo de volta, mas se re...