- 𝑆𝑒 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑟

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{Molly walker }~•

Lowen sai de dentro do álcool atordoada, seus olhos vermelhos assim como toda a pele, ela pega roupas novas que estão no varal já vestindo no quintal mesmo.

- você tá bem...?- Pergunto com receio, lowen não responde nada. Fomos para meu quarto, lowen veste toda minha roupa calmamente, ainda sem falar - Lowen?

- Não me toque novamente, apenas não me toque - Lowen morde os lábios.

- Eu sentei no seu colo e te beijei, porque não poderia te tocar? Meio que já toquei - dou um sorriso amarelo.

- Molly, muitas coisas na minha vida tem uma explicação que eu gosto de deixar no passado - Lowen fecha os botões de meu pijama - Os toques me geram lembranças, os seus lábios também, cada uma muito destinta da outra.

- Fala como se tivesse provado meus lábios alguma vez - Cruzo minhas mãos, será que ela já me beijou a noite por acaso?

- Suas palavras são como um gostinho da sua alma, coelhinha - lowen passa a língua pelos lábios - Mas toques...são apenas gestos repetitivos que podem ser usados de várias formas.

- A quanto tempo você não é tocada? - aperto ainda mais meus braços, insegura.

- 5 anos, faz cinco anos que não deixo ninguém me tocar - Preciso guardar isso na memória, pode ter haver com harper.

- Algum motivo específico? - Até parece que ela vai me responder.

- Sim, mas ele não interresa a você e a ninguém - Lowem volta a postura arrogante me colocando na cama - Pode tirar uma folga amanhã, não aguento ver você igual um defunto se arrastando pela casa.

Lowen sai do quarto me deixando sozinha, no meio da noite tento pegar o diário da gaveta, meu joelho torceu tanto que dei um grito alto de dor.
Em menos de segundos lowen abriu a porta do quarto.

- O que porra houve?! Merda...- Ela me olha desesperada, lowen estava preocupada, lowen me segura em seu colo.

- Eu só estava...tentando achar alguma distração na gaveta - Minto, ela provavelmente tomaria o diário

- Distração? Você tá doente, porra coelhinha se ficar me desobedecendo e me dando trabalho vou te prender na cama - ela diz impaciente se sentando na cama e jogando meu corpo ao seu lado

- Essa é sua vontade a bastante tempo - Olho para lowen que agora se apoia em seus próprios cotovelos, a lingerie branca dela aparece levemente.

- Não tenho vontade de te comer, apenas de ver você implorando para isso - Lowen pisca se deitando de uma vez - quer saber sobre meu sonho? Meu sonho de noite passada.

- Hm...quero - puxo o lençol que estava abaixo do meu travesseiro, cobrindo meu corpo calmamente

- Eu sonhava que enfiava uma raquete de tênis na sua boceta, estávamos brincando e aí você perdeu mas uma aposta - Lowen fecha os olhos enquanto fala - Eu enfiava fundo em você escutando seus gemidos, seu corpo se contorcendo de prazer enquanto eu guiava a ponta.

- Nos duas não nos beijamos nesse sonho? - Lanço um olhar para lowen, minhas mãos estavam posicionadas em minha boceta, abri um pouco as pernas mesmo deitada, com as mãos.

- Faz 4 anos que não beijo ninguém, quase cinco - Lowen prevalece de olhos fechados - Pra que preciso de outra pessoa se posso me dar prazer próprio? Eu consigi ter certeza de que se eu mesma me tocar nao corre risco de me machucar -Lowen move os lábios em  desgosto.

- Seu medo é que os outros te machuquem então - Suspiro - Por muito tempo na minha vida eu me privei de várias coisas, meus pais morreram e as pessoas daquele lugar não eram as mais amorosas - Relembro meu passado - Mas eu percebi, que se continuasse, talvez não encontrasse pessoas maravilhosas na minha vida.

- Ingênuo de sua parte, até porque se abrir com as pessoa não te deu nada de bom - Lowen abre os olhos - Todos te desprezam, ser simpática e deixar todos entrarem na sua vida trouxeram que vantagens para você?

- Eu...- Me calo imediatamente, ela tem um ponto, ser simpática e gentil nunca me deu muita coisa, apenas mais desprezo dos outros.

- Viu só? Eu não preciso de ninguém, coelhinha - Lowen começa a se levantar - A minha própria presença já me inferniza.

- Sabe lowen, talvez eu ser simpática e gentil não tenha trago tanta coisa para mim, mas pelo menos trouxe uma diferença para as outras pessoas, de não serem tratadas mal - A olho inocente, lowen ri e se senta me pondo devagar em seu colo.

- E por isso que te tratam como uma coelhinha frágil, e por isso que você está com as perninhas quebradas, querida - Lowen aproxima o rosto de meu pescoço cravando os dentes.

- L-Lowen, está me machucando - Fecho um dos olhos, a dor era excitante - Lowen...está...- A dor começou a ficar mais forte, minhas lágrimas pingam e ela para

- Viu só? Sua gentileza não consegue me afetar, as pessoas são cruéis e só se importam consigo mesma - Lowen passa os dedos pela marca em meu pescoço, acima da coleira.

- Deve haver algo bom e você, ninguém é totalmente cruel - Falo baixinho, lowen da uma risada amarga.

- Eu me tornei cruel para sobreviver, ninguém nasce ruim só se torna ruim com o tempo - Ela suspira me pondo de lado na cama, ela volta a se levantar e sai do quarto.

Fico sozinha em meus pensamentos, o que a tornou tão ruim? Ela deve ter um passado não tão bom assim.

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