Leo Bianchi sempre foi uma presença marcante na vida de Alexis Donovan. No ensino médio, ele fez de tudo para atormentá-la, escondendo sua obsessão atrás de provocações e jogos de poder. Anos depois, o destino os coloca frente a frente novamente-mas...
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Ela iria continuar me desafiando. E eu podia ver o desprezo em seus olhos.
Eu sabia quem eu era. Aquela garota jamais olharia na minha direção caso descobrisse um pouco mais.
Apostava que se ela soubesse o que a minha família fazia, qual era o nosso negócio, ela fugiria em dois tempos. Sem piscar. E era por esse motivo que minhas irmãs não tinham amigos.
Talvez eu devesse fazer um esforço para que ela não se aproximasse. Seria melhor para todos os incluídos, até mesmo ela.
Alessio me mandou uma mensagem no fim da tarde contendo o endereço dela.
Saí de casa, ignorando as garotas conversando na sala. Minha mãe havia preparado o lanche, e dado liberdade a Donovan para que ela se sentisse à vontade na nossa casa.
Minha mãe era quem tinha a palavra final. Se ela disse, então era isso que deveríamos fazer.
Quando cheguei ao lado de fora de casa, esbarrei com meu pai entrando. Ele me olhou de cima a baixo, e arqueou uma sobrancelha.
— O que você está fazendo? — Perguntou.
— Tenho que resolver uma coisa.
— Leo, não se meta em problemas, tá me ouvindo? Já foi difícil convencer sua mãe de que eu deveria iniciar você.
Eu respirei profundamente.
Sei que meu pai me deu uma escolha, e aos catorze anos, minha mãe considerava cedo demais para que eu me envolvesse nos negócios da família.
Mas desde que nasci, esse já seria meu destino. As coisas mudaram em algum momento entre meus cinco e sete anos, quando meu pai decidiu que não me obrigaria e que respeitaria as minhas escolhas.
Mas cresci nesse meio.
Cresci sabendo que isso era a minha herança.
Não havia muita escolha.
Eu quis, e por mais que mamãe tentasse resistir, meu pai levou semanas para convencê-la.
Eu não poderia decepcionar.
— Não vou me meter em problemas, prometo.
— Talvez eu deva afastá-lo até que se torne maior de idade.
— Você não deve, pai. Eu sei que a mamãe ainda está preocupada com isso, mas a maioria dos homens feitos são iniciados mais novos que eu. Você mesmo não esperou até a maioridade, então, por que eu devo?
Ele arqueou a sobrancelha, me desafiando. Eu sabia que essa hesitação era só porque mamãe estava preocupada e eles passavam horas discutindo sobre isso, ainda. Mesmo já tendo passado dois anos desde a iniciação.
Presenciei uma delas. Não que eles soubessem que eu estava olhando. Nunca discutiam na nossa frente.
Me lembro de ele mudar o argumento dela com sexo. Claro que eu me retirei no momento em que eles começaram.