05

443 40 10
                                    

17 anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

17 anos....

O meu primeiro ano na Bazzoli Hall foi intenso. Era óbvio que eu não seria ingênua de achar que o próximo ano letivo seria diferente. Nem de longe, quando se tinha Leo Bianchi andando pelo corredor, fazendo questão de me torturar como seu passatempo preferido.

Ele tinha algum prazer em me ver sofrer. E como ele era popular, todos os seus seguidores decidiram que eu seria a alvo preferido deles também. Era quase um jogo, uma diversão sádica, onde cada insulto e cada provocação parecia ser meticulosamente planejada para me atingir de formas que ninguém mais poderia entender.

Então a minha única e melhor amiga acabava sendo Vittoria, que não concordava nem um pouco com as atitudes do irmão.

Não que Ella concordasse. Mas ela era do tipo que pegava na mão dele e tentava convencê-lo de que ele estava sendo estupido.

Não apontava o dedo na cara do irmão e virava as costas para ele, como Vittoria fazia.

É que Ella era mais próxima de Leo do que Vittoria que era a gêmea dele. Não que não fossem próximos os três, mas Vittoria ficava dias sem falar com ele para me defender.

Eu realmente não pedia que ela fizesse isso, mas apreciava o fato de que ela tem sido uma boa amiga.

O tipo de amiga que eu nunca tive, já que as pessoas na minha antiga escola também me viam como uma párea por causa do meu pai bêbado e do meu irmão drogado.

Naquela manhã, enquanto caminhava pelo corredor em direção à minha próxima aula, vi Leo encostado em um armário, conversando com alguns dos seus amigos. Ele olhou para mim com aquele sorriso de deboche que eu já conhecia bem. Minha respiração acelerou, mas mantive a cabeça erguida e continuei andando, tentando ignorar a presença opressiva dele.

— Olha quem está aqui, nossa bolsista favorita — disse ele, alto o suficiente para todos ao redor ouvirem. — Como foi a sua noite, Alexis?

Eu sabia exatamente o que ele estava falando. Os Bianchi viajavam para a casa de férias no verão, o que era um alívio já que Leo me perseguia até no meu bairro.

Eu tive longos meses longe dele até que eles voltaram semana passada.

Ontem à noite ele foi até Ashburn e me viu andando na rua, mas isso não era o suficiente. Ele poderia me oferecer uma carona até em casa, no entanto, Leo jogou o carro na minha direção como se quisesse me atropelar.

Precisei correr e ele manteve a velocidade até que eu desse um jeito de me esconder.

Eu acabei com um joelho ralado e a respiração ofegante.

Quando ele percebeu que realmente conseguiu me assustar, ele foi embora.

Acho que ele sentia prazer em ver o medo nos meus olhos. Mas eu não iria dar essa satisfação a ele agora. Parei por um momento, encarando-o diretamente.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora