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Achei que não tinha como eu odiar mais Leo Bianchi

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Achei que não tinha como eu odiar mais Leo Bianchi. Eu certamente estava errada.

Ele queria me torturar. O único motivo para ele mudar de ideia e ir atrás da minha família era esse. Ele queria me ver nas palmas de suas mãos.

Ele não precisava ir em Nova York e tirar eles de lá. Seus motivos eram puramente para me atacar, para me obrigar a ser a noiva dele.

Mas por que ele queria que justamente eu fosse a noiva dele, droga?

Eu não conseguia encontrar nenhuma lógica naquilo. Leo Bianchi sempre foi o tipo de homem que podia ter qualquer mulher que quisesse, então por que escolher logo a mim, alguém que ele passou anos torturando? Era como se ele estivesse me prendendo em um jogo sádico, onde a única regra era ele vencer.

Filho da puta!

Andei de um lado para o outro no quarto de hotel onde eu estava hospedada.

Drew e meu pai estavam sentados na cama, me encarando com aquela cara de "por favor, me ajuda", que eles sempre lançavam para mim quando eu tinha que resolver seus problemas.

Geralmente eu tinha que pagar suas dúvidas, no entanto, nunca chegou em cento e noventa e cinco mil.

— Alexis, querida — meu pai começou, a voz fraca e cansada. — Sei que tudo isso é um pesadelo, mas precisamos ser racionais. Estamos em uma situação complicada, e Leo... ele é a única saída que conseguimos enxergar agora. Você precisa aceitar.

— Não, pai, eu não preciso aceitar nada. Vocês me colocaram nessa merda, e eu sempre soube que essa vida de vocês eventualmente me traria problemas, mas nunca pensei que seria algo tão extremo assim. Eu sempre fui clara com vocês sobre querer uma vida diferente, longe desse tipo de complicação. E agora, estou sendo arrastada para o meio desse inferno por causa das suas dívidas!

Drew levantou-se, ele tinha uma expressão impassível e uma postura ereta.

— Alexis, se você não fizer, Theo Bianchi nos mata. É isso o que você quer? Levar a nossa morte nas suas costas até o fim da sua vida?

Eu parei de andar, as palavras de Drew atingindo-me como um soco no estômago. Claro, ele jogaria essa carta. A culpa. Sempre a culpa. Meu coração estava acelerado, e eu queria gritar, correr, qualquer coisa que me afastasse dessa situação horrível.

Eu me aproximei dele, apontando o dedo indicador na sua direção. Mas engoli, porque qualquer coisa que eu fosse falar, não iria mudar a minha situação.

Dei um passo para trás, respirando fundo e peguei meu celular na mesinha de canto.

— Eu vou dar uma volta, mas não se mexam. Não saiam daqui para fazer mais merda, ou eu vou deixar vocês morrerem sozinhos. — Minhas palavras saíram mais duras do que eu pretendia, mas eu não tinha mais paciência para lidar com aquilo. Eles sabiam que estavam me colocando em uma situação insustentável, e ainda assim, esperavam que eu resolvesse tudo como sempre.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora