Leo sempre teve uma certeza na vida. Que sucederia seu pai quando chegasse a hora. Mesmo que sempre tivesse tido uma escolha, ele não conhecia outra vida a não ser sua vida na máfia.
Ele também teve certeza do que ele queria quando viu Alexis Donov...
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Eu sentia que estava no meio de uma conspiração. Primeiro a tentativa de sequestro de Alexis para me atingir, e agora a perseguição pela polícia, algo que nunca aconteceu antes já que meu pai tinha a CDP em sua folha de pagamento. Algo estava muito errado.
Meu pai queria que eu queimasse o carro, mas tinha quase certeza que isso não funcionaria. Enquanto estava a caminho de volta para casa, enviei uma mensagem para que Alexis preparasse uma mala, porque de jeito nenhum eu iria esperar uma intimação e esperar o pior. Também mandei uma ordem para que preparassem o avião particular.
Quando cheguei e casa, corri para o quarto para preparar a minha própria mala, e Alexis veio atrás de mim com uma expressão de espanto.
Ela cruzou os braços, batendo o pé no chão várias vezes como se exigisse uma resposta.
— O que está acontecendo?
— Já está pronta? Vamos fazer uma viagem.
— Leo, você disse que poderíamos ir visitar o meu pai hoje. Você não mencionou nenhuma viagem.
Não olhei para a minha noiva, não queria ter que preocupá-la.
Enchi a minha mala com roupas e itens essenciais. Minha mente estava acelerada, tentando montar o quebra-cabeça de tudo o que estava acontecendo. As peças não se encaixavam perfeitamente, mas eu sentia uma necessidade urgente de agir antes que fosse tarde demais.
Nós passaríamos uns dias na casa da minha tia Marcella, irmã do meu pai, na California. Era mais fácil para ele não se opor, porque e sabia que Marcella tinha seu jeito único de convencer meu pai.
— Você já está pronta? — Repeti a pergunta.
Peguei meu celular mandando uma mensagem para que Alessio queimasse o Bugatti.
— Eu não vou sair daqui até saber o que está acontecendo, Leo.
— Se você não mover essa bunda, eu vou te pegar no colo e vou te levar a força. — Murmurei, procurando pelo carreador no quarto.
Merda, foda-se o carregador. Eu não tinha tempo para essa merda.
Ela bateu o pé e cruzou os braços, mostrando sua maldita resistência.
— Você está pronta? — Repeti.
Olhei ao redor, não tinha outra mala além da minha. Alexis estava claramente frustrada, mas suas palavras soavam com uma inquietação que eu compartilhava. Eu sabia que precisava tomar uma decisão rapidamente e sair de casa antes que as coisas piorassem.
Fui até a sala de estar e fiz sinal para que um dos guardas pegasse as malas e as colocasse no carro. A tensão estava alta, e eu podia sentir o peso das decisões que precisavam ser tomadas.
Não conseguia parar de pensar que algo estava muito errado e tinha quase certeza de que tinha algo a ver com aqueles motoqueiros na luta de Alessio.
Andei na direção de Alexis e ela recuou alguns passos. Eu realmente não tinha tempo para as suas teimosias agora.