Leo sempre teve uma certeza na vida. Que sucederia seu pai quando chegasse a hora. Mesmo que sempre tivesse tido uma escolha, ele não conhecia outra vida a não ser sua vida na máfia.
Ele também teve certeza do que ele queria quando viu Alexis Donov...
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Na noite anterior quando insisti que Leo me deixasse ver meu pai e meu irmão, estava apenas testando uma teoria e eu estava certa. Ele podia estar me tratando feito uma princesa, sendo um cavalheiro atencioso, mas eu ainda era uma prisioneira dele.
Alguém que tinha uma dívida que eu deveria pagar ou me casar para que ela fosse considerada quitada. Era exatamente isso o que eu significava para ele.
Quando desembarcamos em Chicago, eu estava um pouco atônita, atordoada. Drew tinha me mandado outras mensagens, e Leo estava irredutível sobre sua decisão de não me deixar até ele.
Enquanto andávamos pelo aeroporto, ele fazia questão de apertar a mão em volta da minha, como se isso fosse me manter presa a ele.
Já havia um carro a nossa espera que nos levou diretamente para a Villa Bianchi.
Durante o caminho ele estava quieto demais, mas quando o carro estacionou, ele segurou minha mão antes de eu sair, me fazendo ficar um pouco ao seu lado, no banco traseiro da Range Rover enquanto o motorista batia a porta da frente.
— Vamos ficar aqui só um pouquinho. — Sua voz saiu rouca — Só mais um pouco de paz antes de eu ter que ouvir um sermão do meu pai.
Olhei para frente, deixando que ele segurasse a minha mão.
Soltei um suspiro, vasculhando a minha mente atrás de qualquer resposta que eu pudesse dar a ele.
Acontece que eu já não sabia como ter raiva dele. Principalmente depois do fim de semana que tivemos.
Embora ele ainda fosse irritante, Leo Bianchi sabia como tornar tudo perfeito.
Apertei a mão dele de leve, transmitindo meu apoio, mas mantendo o silêncio.
No entanto eu ainda precisava saber o motivo dessa apreensão toda com relação ao pai dele.
Olhei para Leo que estava fechando os olhos levemente.
— Qual o problema? — Perguntei.
Não era como se Theo Bianchi fosse um monstro e tratasse os filhos mal.
— Ele tá puto por causa da corrida, mas está mais puto ainda por eu ter fugido para a Califórnia. Eu estou me sentindo impotente, mas não quero dizer isso a ele.
— Impotente?
Leo abriu os olhos devagar e encarou a minha mão, entrelaçada na dele. Ele respirou fundo, como se estivesse tentando reunir a coragem para responder.
— Meu pai é um capo respeitado, ele tem Chicago nas palmas das mãos. Ele sempre soube ter o controle da cidade e nos proteger. — Respirou fundo — Eu vou ser o próximo capo, mas não sei se posso chegar aos pés dele. Eu não consigo ter o controle da cidade que ele sempre teve, e eu sequer consigo proteger você que é a minha noiva. Então como posso ser como Theo Bianchi?