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18 anos

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18 anos....

Alexis ainda seguia nas regras. Não que ela deixasse eu me aproximar dela, não tinha aberturas, apesar de sempre que eu podia, a encurralava e a provocava até que ela se aproximasse do limite. Mas eu nunca a deixava alcançar. Havia algo em seu comportamento que me fazia querer mantê-la sempre na borda da frustração, sem permitir que ela ultrapassasse o limite. Era um jogo constante de tensão e controle, um jogo que parecia não ter fim.

Estava irritado que meu tempo estava acabando. No próximo ano ela iria para a faculdade e eu não teria mais nenhuma chance.

O pior era que Vittoria e Ella estavam tagarelando no meu ouvido a dias sobre se eu queria ser levado a sério, precisava mudar o meu comportamento e Alessio fazia questão de esfregar na minha cara como eu estava obcecado com aquele seu jeito mecânico irritante.

Eu estava. Mas não queria que eles soubessem exatamente o quão obcecado eu estava. Especialmente Alessio, que parecia se divertir a cada vez que eu mostrava sinais de fraqueza. Ele era sádico nesse nível.

— Você não está focado na conversa, Leo. — Meu pai me chamou atenção, batendo na mesa a minha frente.

— O que foi? — Perguntei.

— Acho melhor não continuarmos por agora, se você não estiver concentrado. Ainda tenho que conversar com as garotas, elas querem estudar fora e eu preciso convencê-las que o melhor jeito de eu as proteger é se elas permanecerem em Chicago.

Respirei profundamente esfregando os olhos.

Era o último ano na escola, então meu pai estava exigindo mais de mim do que era o de costume.

Ella e Vittoria tinham sorte, mas eu nem podia pensar por esse lado, já que eu escolhi fazer parte da Genovese.

— Eu vou me concentrar — respondi, tentando afastar os pensamentos sobre Alexis e focar no que meu pai estava dizendo. — O que estávamos discutindo?

— Drew Donovan está nos devendo muita grana de droga e Vicent está nos devendo dinheiro que pegou emprestado.

Recostei na cadeira, cruzando os braços.

— Por que você está cuidando disso? Não é dever do executor?

— Claro. — Ele murmurou, mexendo em alguns papéis em cima da sua mesa — Mas eu peguei as dívidas deles para que você e eu lidemos com isso.

— Por quê? — Arqueei uma sobrancelha.

Meu pai mexeu no paletó do seu terno, ponderando por um momento.

— Porque é a família da Alexis e ela é a melhor amiga da Vittoria. Não vamos fazer com eles o que geralmente fariam com outras pessoas.

— Bobeira. — Abanei o ar com a mão — Eles nos devem como todo mundo, pai. Acho que devem pagar da mesma maneira.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora