Leo Bianchi sempre foi uma presença marcante na vida de Alexis Donovan. No ensino médio, ele fez de tudo para atormentá-la, escondendo sua obsessão atrás de provocações e jogos de poder. Anos depois, o destino os coloca frente a frente novamente-mas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
16 ANOS....
Com certeza o primeiro dia em uma escola não é tão reconfortante quanto deveria ser. Principalmente quando se está prestes a entrar num mundo onde a elite domina. Onde o dinheiro fala mais alto e pessoas ricas, cheias de poderes e influência podem tudo o que querem.
Me olhei no espelho, analisando meu uniforme da escola chic que eu estava prestes a começar a estudar.
Concorri a uma bolsa de estudos que ofereceram na minha escola anterior. É claro que eles me testaram por várias etapas, até que ganhasse a competição. Pelo menos foi isso o que me disseram antes de finalmente dizerem que era minha.
Agora estava aqui, prestes a entrar em um território que eu não conhecia. A escola particular de uma comunidade italiana. Não apenas a elite de Chicago estudava na escola, mas também filhos de empresários e políticos internacionais. Meu reflexo no espelho parecia deslocado em meio ao luxo do uniforme. O tecido era de alta qualidade, e o brasão da escola brilhava como um lembrete constante de que eu estava prestes a entrar em um ambiente bem diferente do que eu estava acostumada.
Suspirei e ajustei o blazer, tentando ignorar o nervosismo que apertava meu estômago. Esse era o momento pelo qual eu havia trabalhado tanto. As noites estudando, as horas dedicadas a atividades extracurriculares, tudo para conseguir essa bolsa que poderia mudar minha vida.
Era o que eu sempre dizia a mim mesma.
Estava sozinha em casas como sempre. Meu pai e meu irmão deviam estar caídos em um bar ou boca de fumo pela cidade.
Respirei fundo e peguei minha mochila deixando o meu quarto.
Senti o ar fresco ao sair de casa, e tentei andar rapidamente, sentindo meu estômago revirar. Foi preciso esperar um ônibus que demorava mais tempo do que deveria, porque eu morava num lugar afastado do centro. A viagem foi longa e cheia de paradas, cada uma delas me deixando mais ansiosa. Finalmente, quando o ônibus parou em frente aos imponentes portões da escola, desci e fiquei ali parada por alguns segundos, encarando o lugar que parecia saído de um filme.
Era um prédio de arquitetura renascentista, com colunas de mármore e uma entrada majestosa que exalava tradição e riqueza. As janelas altas e os jardins perfeitamente cuidados apenas reforçavam a sensação de que eu estava em um mundo completamente diferente do meu.
Olhei a fachada da escola antes de finalmente entrar. Alguns dos alunos se juntavam no estacionamento, que eu diria ser enorme.
Claro que era. Eu não fazia ideia de quantas pessoas estudavam nessa escola e com certeza todos tinham seus próprios carros. Então porque não teria um estacionamento enorme, certo?
Ignorei alguns olhares curiosos que me lançavam, tentando manter a cabeça erguida enquanto caminhava em direção à entrada principal. Sentia cada olhar como um peso extra em meus ombros, mas sabia que não podia deixar isso me abalar. Eu estava ali por mérito próprio, e era isso que importava.