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Alexis veio e silêncio do evento até em casa, mas quando finalmente chegamos na cobertura, eu já estava sem paciência para o bico enorme em seus lábios

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Alexis veio e silêncio do evento até em casa, mas quando finalmente chegamos na cobertura, eu já estava sem paciência para o bico enorme em seus lábios. Ela estava fazendo alguma birra.

Ela entrou em casa, e estava a caminho do quarto quando segurei seu braço e a mantive perto de mim.

De jeito nenhum que eu iria deixá-la ir sem que me falasse o que estava acontecendo.

Ela me encarou com a mesma atitude, com o nariz dilatado e uma expressão arrogante, como se estivesse me desafiando a confrontá-la. Esse tipo de atitude dela sempre me tirava do sério.

— Qual é o seu problema, Alexis? — perguntei, mantendo meu tom firme, mas controlado.

— Não comemos nada. Eu estou com fome. — Ela tentou soltar o braço de mim, mas apertei levemente a mantendo por perto.

De jeito nenhum que esse era o problema.

Não com aqueles olhos verdes faiscando de raiva, e a expressão facial de quem queria me matar.

Não que isso fosse uma novidade, já que Alexis queria me matar na metade do tempo. Ou mais do que isso, talvez.

Eu sabia que Alexis estava irritada, e não tinha nada a ver com fome. Era algo muito mais profundo, algo que ela não estava disposta a admitir tão facilmente. Eu sempre soube que ela era teimosa, mas naquele momento, sua teimosia estava me testando mais do que o normal.

— Eu vou pedir uma pizza. Mas, pelo amor de Deus, Alexis, me diga qual é o seu problema?

Ela olhou dentro dos meus olhos, e puxou o braço. Dessa vez eu deixei que ela fizesse.

Minha noiva endireitou a postura e deu um passo na minha direção, como se isso fosse fazê-la ficar na minha altura.

E quase acreditei que sim, já que ela estava cara a cara comigo.

— Qual é o meu problema? Qual é o seu problema, Bianchi? Desde a escola, tudo o que você sempre fez foi foder comigo. As minhas únicas amigas eram suas irmãs, porque elas não tinham medo de você, eu sofri o inferno por sua causa, porque seus malditos "súditos", achavam que tinham que fazer bullying comigo para agradar você. Quando fiz um amigo, você o afastou, o ameaçou. Eu estava conversando com ele hoje, um reencontro de anos, e você veio como se não estivesse conversando com sua ex-namorada e o espantou apenas para marcar território. Então, Leo, qual é o seu problema?

Franzi a testa.

— Ex-namorada? O que você quer dizer? — Indaguei, confuso.

Foi a parte do seu discurso bem elaborado em que eu parei de escutar tudo o que ela dizia.

A confusão se misturava com a raiva que ainda borbulhava dentro de mim, criando um coquetel de emoções difíceis de controlar. Eu não tinha certeza de onde ela tirou essa ideia.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora