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Leo estava se pegando a mim com firmeza desde que saímos do seu carro numa área afastada de Chicago

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Leo estava se pegando a mim com firmeza desde que saímos do seu carro numa área afastada de Chicago. Ele parecia um ditador ditando um enorme livro de regras, como se todas elas fossem extremamente necessárias para a minha sobrevivência. O que mais poderia ser tão ruim em me tornar a sua noiva?

A resposta disso era sua mão suando em volta da minha, apertando constantemente como se eu fosse me perder como uma criancinha caso ele me deixasse solta. Sua mão se apertou ainda mais na minha, e ele me arrastou através da multidão em direção a um beco estreito e mal iluminado. A atmosfera era sufocante, cheia de gente que parecia estar apenas esperando por alguma confusão. A tensão no ar era palpável, mas Leo mantinha seu aperto firme, como se quisesse me proteger de qualquer ameaça que pudesse surgir.

— Leo, você não precisa segurar minha mão tão forte — murmurei, tentando puxar minha mão de volta, mas ele apenas apertou mais.

— Não se afaste de mim — ele respondeu, a voz baixa e autoritária. — Não quero que você se perca no meio dessa gente.

— Um dia, quando eu não precisar mais ser a sua esposa, processarei você. Eu juro que farei, Bianchi.

Ele soltou um risinho baixo, e eu não diria que era algo relaxante ou contagiante. Ele não era do tipo que reprimia sorriso ou risadas, no entanto, era quase como se fosse algo de desgosto.

— Quem disse que não ser mais minha esposa será uma opção? — Sua voz era quase sombria demais.

Eu congelei por um segundo, o tom sombrio de Leo reverberando em meus ouvidos. Ele tinha um jeito de falar que fazia cada palavra parecer uma sentença final, como se ele tivesse total controle sobre o meu destino. Meu coração acelerou, e senti uma mistura de frustração e medo tomar conta de mim.

Minha garganta secou, e tentei sair do aperto dele, mas Leo não cedeu nem um centímetro. Ele me puxou para mais perto, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que me fez arrepiar. Sua expressão estava séria, quase impenetrável, e por um momento, senti um medo real de que ele estivesse falando sério. Eu sabia que Leo era possessivo e controlador, mas havia algo mais profundo por trás disso, algo que ele ainda não havia revelado.

Ele estava me dando uma condenação eterna, e eu não podia estar presa a ele a minha vida toda enquanto a vida acontecia diante dos meus olhos.

Eu tinha planos. Eu queria terminar meus estudos, conhecer alguém, amar alguém de preferência alguém que não foi meu algoz, queria ter filhos em algum momento depois dos trinta. Estar presa a ele iria contra todos os meus planos.

Pisquei os olhos repetidas vezes.

— E se eu me apaixonar por alguém, Leo? — Desafiei.

Leo parou de andar no mesmo instante em que as palavras saíram da minha boca. O aperto na minha mão se tornou quase doloroso, e ele virou para me encarar. Seus olhos, que geralmente eram frios e calculistas, agora tinham uma intensidade assustadora. Por um segundo, achei que ele poderia me machucar de verdade.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora