Leo sempre teve uma certeza na vida. Que sucederia seu pai quando chegasse a hora. Mesmo que sempre tivesse tido uma escolha, ele não conhecia outra vida a não ser sua vida na máfia.
Ele também teve certeza do que ele queria quando viu Alexis Donov...
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— Eu disse especificamente para você não vir aqui, porra! — Eu perdi o controle do meu tom de voz, evitando olhar diretamente para Alexis.
Eu estava puto com ela por não me ouvir.
E se um desses filhos da puta encostasse nela e a machucassem?
Sorte que Sammy me mandou uma mensagem dizendo que estavam vindo para cá ou eu não teria chegado a tempo.
Eu sabia que Drew teria limpado a mão nela se eu não chegasse, e meu sangue estava fervendo por ter presenciado aquela cena.
Alexis suspirou, e virou o rosto para direção oposta a mim, deixando aquelas narinas dilatarem.
Irritante para caralho.
Eu sabia que essa mulher iria me enlouquecer, mas não pensei que seria tão constante.
Passei a noite na casa dos meus pais para provar um ponto, deixei que ela acreditasse que eu estava com outra mulher, e mesmo assim ela não dava o braço a torcer.
Por que eu escolhi a porra da mulher mais difícil de todas?
Eu estava espumando pela boca enquanto dirigia de volta para casa.
— Alexis, fala comigo, droga. — Mandei, com o tom de voz elevado.
— Não grite comigo, Bianchi. — Ela respondeu com uma voz cansada, mas firme, ainda olhando para a janela. — Você não tem o direito de ficar bravo por eu ter ido visitar minha família.
— Não tente me antagonizar aqui. Seu irmão estava prestes a te bater e eu sei perfeitamente qual é seu histórico de relação com a sua família. Então não tente visitá-los outra vez sem que eu esteja por perto, ou a coisa não vai ser bonita.
Ela ficou em silêncio, ou pelo menos tentou, já que alternava entre bufar e olhar pela janela, como se quisesse se afastar da discussão sem realmente fazer isso.
Mas ela era muito resistente, se manteve assim até chegarmos em casa.
Alexis Donovan era muito boa em manter seus votos de silêncio.
Ela bateu os pés indo para a sala quando entramos no meu apartamento, se jogou no sofá e pegou o controle remoto ligando a televisão e navegando pelos canais.
Me sentei ao lado dela, sentindo a frustração de não obter uma resposta.
— Você quer parar de ser difícil. Eu sou novo nessa coisa, Alexis.
Ela olhou para mim, finalmente, abaixando o som da televisão.
— Que coisa?
— Eu nunca tive uma relação. Eu não sei o que fazer, não sei como agir em volta de você e porra, eu estou tentando.
— Você acha que está tentando? Acha que me dar um cartão sem limites e ir dormir com prostitutas é tentar alguma coisa?
Olhei em seus olhos e em todo o seu rosto que estava ficando vermelho.
