Leo sempre teve uma certeza na vida. Que sucederia seu pai quando chegasse a hora. Mesmo que sempre tivesse tido uma escolha, ele não conhecia outra vida a não ser sua vida na máfia.
Ele também teve certeza do que ele queria quando viu Alexis Donov...
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Na manhã seguinte, acordei com o som insistente do alarme, a cabeça ainda pesada pelos eventos da noite anterior. Theo Bianchi, com toda a sua presença esmagadora, havia reordenado meu mundo em questão de minutos. E agora eu tinha dois seguranças me seguindo para onde quer que eu fosse, uma "lição de vida" com Naomi marcada para o final do dia, e um noivo que finalmente parecia ter recebido a reprimenda que tanto merecia.
O cheiro de café fresco invadiu o quarto, me puxando para fora da cama. Joguei o edredom de lado e me arrumei para o dia antes de me arrastar até a cozinha. Leo estava mexendo uma xícara de café. Ele me viu entrar e abriu a boca para dizer algo, mas eu levantei a mão.
— Não antes do café — resmunguei, pegando uma xícara para mim mesma.
Silêncio. Apenas o som das colheres e da máquina de café enchendo o espaço. Finalmente, quando bebi um gole e senti a cafeína começar a trabalhar, olhei para ele.
— Você vai me deixar em paz na faculdade hoje, certo? — perguntei, arqueando uma sobrancelha.
Leo suspirou e esfregou o rosto com as mãos.
— Não sou eu, Alexis. São eles — ele disse, apontando com a cabeça para Riccardo e Tommaso, que estavam sentados à mesa, cada um segurando uma xícara como se fossem parte da mobília. Eles pareciam absolutamente imperturbáveis pela nossa conversa.
— Ótimo. Um show de marionetes no meu encalço — murmurei antes de me virar para eles. — Então, quais são as regras? Vocês vão me seguir até o banheiro também?
Tommaso foi quem respondeu, a voz baixa e controlada.
— Nós seguimos onde você for necessário. O resto, depende do nível de ameaça.
— Eu juro que seu primo era menos intimidador. — Falei para o meu noivo, antes de beber um longo gole do café.
— Mas Samuel não consegue cuidar nem dele mesmo, Alexis.
Leo respondeu com um tom que beirava a exasperação, mas não pôde evitar o leve sorriso no canto dos lábios. Ele se encostou no balcão, observando-me com olhos que pareciam avaliar se eu ainda estava de mau humor ou pronta para uma conversa mais séria.
— Samuel é o tipo de cara que tenta resolver tudo na base do charme e das piadas ruins — continuou. — Riccardo e Tommaso são profissionais, eu espero. Eles não estão aqui para serem seus amigos. Estão aqui para garantir que você não acabe em um porta-malas.
— Valentina Aresco é tão sortuda que vai se casar com ele. — Provoquei.
Ele arqueou as sobrancelhas.
Ele sabia que era ais fácil aguentar Sammy do que ele, apesar de Samuel ser uma bomba-relógio.
Me noivo olhou para os seguranças e acenou para a porta com a cabeça.