— Eu vim com Ella e Vittoria. — Foi o que consegui responder.
Minha mente era uma bagunça, meus batimentos acelerados.
Leo pegou meu braço tão suavemente, que eu me assustei por seu toque não ser tão bruto quanto as suas ações.
Ele olhou para Alessio, e apesar de não estar sendo violento, toda a violência que deveria estar em seu comportamento, brilhava em seus olhos azuis.
— Pegue as minhas irmãs e as mantenham sob sua vista. Mantenha as duas sentadas no sofá não importa o que aconteça. Vamos dar uma liçãozinha para que elas não sejam tão.... intrometidas.
Ele começou a me arrastar pelo corredor, e eu não tive coragem de resistir. Sua mão segurava meu braço com firmeza, mas não machucava. A cada passo, sentia o pânico aumentar dentro de mim. Leo me guiou até o lado de fora da casa.
O terreno era enorme, cheio de árvores espalhados e na direção oposta ao lago, havia uma floresta.
Meus lábios e minha garganta estavam secos enquanto ele me levava para longe da festa, onde a música alta e as luzes não alcançavam. Senti um calafrio percorrer minha espinha ao perceber que estávamos indo para uma área mais isolada, depois de termos andado por uns dez minutos.
Ele parou de frente para mim, segurando meu rosto entre seus dedos, e ele me empurrou até que minhas costas colidiram em uma árvore.
Forte.
Ele me encarou, seus olhos ardiam em chamas. Não era frieza, Leo Bianchi não sabia ser frio. Era quente em toda a sua natureza violenta.
— Talvez agora você se afaste da minha família, hein?
Engoli em seco.
— Vittoria é minha melhor amiga, eu não vou me afastar. — Minha voz vacilou — O que eu fiz pra você me odiar tanto?
Ele riu, uma risada cruel.
— Não é ódio, querida. É autopreservação, entende? — Eu o encarei — Você é tão curiosa, não é? Acha que aguenta tudo o que o nosso mundo representa?
— Do que você está falando?
— Não sei, Alexis, talvez seja hora de testar você. Eu disse que te colocaria no seu lugar, não é?
Ele apertou meu rosto, aplicando um pouco mais de pressão e aproximou seu rosto do meu. O calor da sua respiração se misturava ao meu medo, e eu senti um frio na espinha.
Nossos olhos se encontraram, e o olhar intenso de Leo era uma mistura perturbadora de desdém e uma espécie de curiosidade perversa. O calor da sua respiração fazia meu coração acelerar ainda mais.
— O que você vai fazer? — perguntei, tentando manter a voz firme, apesar do medo que se acumulava em meu peito.
Ele não respondeu imediatamente. Em vez disso, continuou a me observar, como se estivesse avaliando a melhor forma de lidar comigo. Então, um sorriso sinistro apareceu em seus lábios.
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Dívida do Prazer - 1
RomansaLeo sempre teve uma certeza na vida. Que sucederia seu pai quando chegasse a hora. Mesmo que sempre tivesse tido uma escolha, ele não conhecia outra vida a não ser sua vida na máfia. Ele também teve certeza do que ele queria quando viu Alexis Donov...