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 Meu pai estava puto

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 Meu pai estava puto.

Eu não esperava que Alexis fosse contar a ele sobre nosso ensino médio problemático. Não calculei isso, não estava nos meus planos. Eu não tinha pensado que ela fosse tão estúpida a ponto de soltar a verdade sobre o que fiz com ela na escola. Aquilo só tornava o processo mais complicado.

Muitas coisas não me assustavam. Meu pai não foi o tipo de homem que me deu medo durante a minha vida. Ele sempre foi pacífico quando se tratava de mim e das minhas irmãs.

Mas agora eu estava aqui cagando de medo de entrar no escritório dele, sobre o escrutínio de sua secretária..

Estava andando de um lado para o outro, tentando criar coragem.

— Seu pai não tem o dia todo, senhor Bianchi. — Disse a secretária cujo o nome eu não me lembrava e sinceramente eu não me importava.

Ela não era da Genovese pelo que eu sabia. Minha mãe a conheceu no mercado quando foi comprar algo para fazer uma receita para Aurora. Ela disse que sentiu pena da mulher que tentou fazer a compra do mês e na hora, seu cartão de alimentação foi recusado.

A mulher tinha um filho para sustentar e um emprego que mal pagava, então mamãe decidiu que iria ajudá-la.

Ela convenceu meu pai que deveria dar um emprego a mulher, e como ele sempre fazia as vontades de Naomi, ele contratou uma secretária mesmo sem precisar de uma.

— Ele que quer me ver, então ele pode esperar mais um pouco. — Murmurei.

Se a secretária estava irritada, eu não me importava. Na verdade, a irritação dela era a última coisa em minha mente.

Eu respirei e finalmente tomei coragem de encarar Theo.

Até bati na porta em vez de apenas entrar como eu sempre fazia quando sabia que ele estava sozinho. Ele murmurou para que eu entrasse, então abri a porta hesitante.

Meu pai estava sentado atrás da mesa, olhando para o celular com um sorriso bobo.

— Você está rindo de quê?

Eu me sentei na cadeira a frente dele, deixando a postura relaxada. De jeito nenhum que eu iria demonstrar alguma fraqueza agora.

— Aurora está me contando sobre o dia dela na escola. — Ele voltou a atenção para o celular — Eu tenho que desligar, filha. Depois a gente conversa.

Meu pai encerrou a ligação e a expressão dele se tornou dura para mim. Claro que se tornou. Afinal, eu não era uma garotinha de doze anos.

Eu era um homem e ele estava prestes a me comer vivo.

O pior era que a sua demora para começar a falar, estava me deixando ansioso.

Ele massageou uma mão com a outra, e então eu o vi suspirar.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora