Leo sempre teve uma certeza na vida. Que sucederia seu pai quando chegasse a hora. Mesmo que sempre tivesse tido uma escolha, ele não conhecia outra vida a não ser sua vida na máfia.
Ele também teve certeza do que ele queria quando viu Alexis Donov...
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Eu a observei enquanto ela caminhava de volta para a casa, a bunda dela rebolando levemente a cada passo, fazendo minha vontade de agarrá-la aumentar. Alexis tinha esse efeito em mim, mesmo quando estava se fazendo de difícil. Era como se a tensão entre nós estivesse sempre prestes a explodir, e eu adorava cada segundo disso.
Acho que meu pai ficaria orgulhoso por saber que eu estava no caminho certo.
Ele disse que só deixaria eu me casar com ela se eu a conquistasse, e acho que Alexis estava quase lá.
Eu ri sozinho, tirando a prancha da areia e caminhei de volta para casa.
Precisei me trocar antes de entrar, e fui direto para a cozinha.
Tia Marcella estava no cômodo, digitando no computador em cima da bancada, e levantou o rosto estreitando os olhos para mim.
— Garoto, atenda as ligações do seu pai, porque eu juro que se eu tiver que ouvir mais alguma reclamação daquele homem, eu te expulso da minha casa. — Ela disse, com a típica rispidez que só Marcella conseguia usar sem parecer rude. Mas havia um brilho divertido nos olhos dela.
Eu me apoiei na bancada da cozinha, olhando para Marcella com um sorriso meio culpado.
Recusei vinte ligações de Theo só essa manhã e durante o dia deixei o celular esquecido no quarto.
Sabia que ele me daria um sermão por eu ter saído de Chicago e eu não queria ouvir.
— Não estou preparado para ele, tia. — Resmunguei — Você sabia que ele me fez queimar meu Bugatti?
Ela arregalou os olhos com uma falsa surpresa.
— Theo é tão malvado — debochou —, fez o pobre e rebelde filho queimar o carro qual a polícia estava atrás. Não seja um mimado, Leo. Seu pai sempre faz o que você quer, o mínimo que você deve a ele é uma explicação.
— Faz? Ou você só está defendendo seu irmão mais velho?
— Faz sim — respondeu Marcella, sem tirar os olhos da tela do computador, mas seu tom era firme. — Ele sempre cede às suas loucuras, mesmo quando você ultrapassa os limites. Ele baniu casamentos arranjados há muito tempo, mas você decidiu que queria se casar com Alexis, ele cedeu em forçar a família dela. Esse é um bom ponto, não? E respondendo a sua pergunta, ele é meu irmão, defendo ele até a morte. Aposto que suas irmãs fazem o mesmo por você. Aquelas três matariam por você, então não finja surpresa.
Eu bufei, passando a mão pelos cabelos ainda molhados. Ela estava certa, claro. Meu pai sempre foi rígido, mas no fundo, ele sempre acabava me dando o que eu queria, com algumas condições.
— Eu sei....
— Leo, entenda seu pai. Ele nunca faria nada para prejudicar você, por isso deveria confiar nele quando ele diz que o melhor é você estar em Chicago. Você se colocou na mira da polícia, não deveria fugir assim.
