Leo Bianchi sempre foi uma presença marcante na vida de Alexis Donovan. No ensino médio, ele fez de tudo para atormentá-la, escondendo sua obsessão atrás de provocações e jogos de poder. Anos depois, o destino os coloca frente a frente novamente-mas...
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O tempo de voo até a Califórnia foi exaustivo, considerando que eu tinha que dividir o espaço com Leo.
Que tipo de idiota se dá ao luxo de ser perseguido pela polícia quando se tem um império criminoso para esconder?
No mínimo isso seria chamar a atenção.
E agora eu estava pagando esse preço porque o desgraçado estava com medo de ser preso, e supostamente me deixar sozinha para me proteger.
Ele respeitou meu silêncio enquanto alugava um carro e depois, a caminho da casa de sua tia.
Eu estava confortável em ficar calada, ou teríamos uma briga feia e eu estava cansada de brigar com ele.
Ele estacionou um tempo depois em uma propriedade em Newport. A casa em frente à praia era deslumbrante, uma mansão à beira-mar que parecia sair de uma revista de arquitetura. A estrutura de vidro e aço brilhava sob o sol da Califórnia, refletindo o oceano e o céu. Era moderna e sofisticada, diferente da casa de estilo mais clássico que dos Bianchi em Chicago. Aquele lugar gritava "luxo" de uma forma menos opressiva, mas ainda assim inalcançável para pessoas como eu.
Leo saiu do carro e abriu a porta para mim, me observando com um olhar sério. Eu podia sentir a tensão entre nós, uma corda esticada prestes a arrebentar. Fiz questão de não o encarar enquanto prendia o meu cabelo tentando aliviar o calor que estava na Califórnia, mesmo para o fim inverno.
Uma mulher loira estava esperando por nós e a sua volta havia alguns homens grandalhões qual ela ordenou que pegasse as nossas malas.
Ela estava usando um conjunto de alfaiataria, e parecia deslumbrante quase tão intimidadora quanto o pai de Leo.
Ela se aproximou de nós e deu um tapinha no braço dele.
— Seu moleque insolente, não venha até a minha casa depois de me mandar apenas uma mensagem de texto dizendo que está vindo.
Leo abriu um sorriso.
— Desculpe, tia. Foi de última hora, mas achei que você gostasse de nos ter aqui.
Ela revirou os olhos azuis.
— Eu gosto, mas você poderia ter me dado um tempo para preparar a casa. E seu pai está uma fera, ele me ligou trezentas vezes, precisei colocá-lo no lugar dele. — agora a sua atenção voltou para mim — Não vai me apresentar a sua noiva?
— Tia Marcella, essa é a Alexis. — Ele colocou uma mão na minha cintura, como se fosse um gesto possessivo e protetor ao mesmo tempo. — Alexis, essa é minha tia, Marcella Salvatore.
Ela olhou para mim com um sorriso que iluminou os olhos.
— Nunca pensei que esse garoto iria se casar cedo, mas agora entendo o porquê. Você é linda. — Marcella disse, antes de um garoto loiro aparecesse na porta da casa e viesse correndo até nós sem dar tempo de me sentir envergonhada pelo elogio.
