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Odiava que minha cabeça não conseguia ignorar, e que no instante que meu pai ou meu irmão me ligavam, eu não conseguia fingir que eles não existiam

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Odiava que minha cabeça não conseguia ignorar, e que no instante que meu pai ou meu irmão me ligavam, eu não conseguia fingir que eles não existiam.

Eu estava estudando quando meu celular tocou a primeira vez e eu ignorei. Mas eu sabia que Drew só podia estar com algum problema, visto que ele raramente me ligava e agora estava ligando vezes consecutivas.

Suspirei, sentindo um nó se formar no estômago. Olhei para o nome dele brilhando na tela por alguns segundos antes de atender.

— Drew? — minha voz saiu mais cautelosa do que eu pretendia.

— Alexis.... estamos em Chicago. Papai e eu.

Eu me levantei, passando a mão pelo cabelo. Foi preciso um minuto inteiro para conseguir assimilar o que ele estava dizendo.

Eles não saíram de Chicago nas melhores das condições.

Ainda tinha pesadelos com Drew levando socos de Leo, e ainda tinha pesadelos com Leo quebrando as pernas do meu pai com uma marreta.

Meu pai ainda mancava.

— Vocês ficaram completamente loucos? — Tentei usar um tom de voz calmo, mas o desespero ficou evidente — Vocês se lembram do que Leo disse? Vocês não podem pisar em Chicago ou morrem.

— Os homens do pai dele nos sequestraram. Eles.... Theo Bianchi quer que a gente pague a dívida.

Apertei a ponte do meu nariz, sentindo uma dor de cabeça começar a se formar. A situação era um pesadelo em plena luz do dia.

E eu certamente não usaria o fato de Vittoria ser minha melhor amiga para livrar os dois.

Não porque não era justo e não, porque provavelmente não funcionaria.

— Drew, o que eu posso fazer?

— Eu sei que você tem um dinheiro guardado, Alexis....

— Não, Drew. Eu estou economizando para algo importante.

Houve um silêncio do outro lado da linha, o que só aumentou a sensação de aperto no meu peito. Drew sabia que estava pedindo demais, mas a urgência em sua voz me fazia sentir ainda mais pressionada.

— Alexis, por favor, só dessa vez... se não fizermos algo, eles vão nos matar.

Eu podia sentir o medo na voz dele, mas meu próprio medo e raiva me impediam de ceder. Por muito tempo, eu tinha sido arrastada para as confusões da minha família, tentando consertar os erros dos outros. Não queria continuar sendo a única a pagar o preço por decisões que não eram minhas.

No entanto, seu eu os deixasse morrer, a culpa seria minha.

Eu desliguei o telefone sem fazer mais perguntas e nas próximas horas, eu estava sufocando.

Dívida do Prazer - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora