Capítulo 39

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Olá, eu voltei! Espero que estejam todos bem ☺️
Eu planejava escrever o segundo livro inteiro antes de postar, porém eu percebi que iria demorar MUITO, porque também estou empenhando em outro projeto.
Por isso, para não deixar vocês na mão, eu irei postando um por um aos poucos aqui.
Então aproveitem o novo capítulo! ❤️

~X~

Manjiro Sano e Ran Haitani estavam confinados em celas que mais pareciam cenário de um filme de terror. As paredes eram de pedra escura, e o cheiro de mofo competia com o aroma encantador de raiva pura.

A polícia havia os colocado ali de propósito.

Depois de duas semanas de confinamento, Ran parecia ter adotado um estilo novo e desleixado, seus cabelos lilases estavam com as raízes negras crescendo, um verdadeiro ícone fashion do submundo das celas. Seu terno, um modelo exclusivo de amarrotamento elegante, completava o look de presidiário.

Do outro lado das grades, Mikey  encarava Ran com um olhar permanente de irritação. Ele também parecia ter adotado o visual "descuidado-chique", com roupas que gritavam que ele não havia tomado um banho decente há dias.

Suas vidas haviam se transformado em uma novela prisional. Quem diria que o crime não compensa?

Só de olhar para Ran, Manjiro Sano soltava fogo pelas ventas.

- Quer me beijar? - O Haitani provocou.

- Vá se foder - Mikey sibilou. - A culpa de estarmos aqui é toda sua.

Ran soltou uma risada anasalada. Aquela não era a primeira vez que Mikey o acusava por algo que ele realmente fez.

- Sua ideia de merda destruiu a organização.

- Adoro quando você me enaltece - Ran respondeu, optando pelo sarcasmo. O Sano queria atravessar as grades e agarrá-lo pelo pescoço. - Mas não fui eu que envolvi a polícia, não quero o crédito por isso.

Internamente Mikey sabia disso, o Haitani era um traidor, mas não seria burro ao ponto de envolver os federais. E dada toda a crise que foi a prisão deles, era de se esperar que as autoridades os mantivessem juntos ali para supervisão depois de seus incontáveis interrogatórios.

Parecia que uma eternidade já havia se passado.

Mikey não aguentava mais olhar para as paredes, até xingar Ran já não aliviava sua raiva o suficiente. Ele estava a ponto de matar alguém.

Onde estava Kokonui? E Kakucho? Eles não fariam nada para o tirar dali?

Sanzu ainda estava vivo?

Mikey se obrigava a acreditar que sim, porque a única outra alternativa o levaria ao desespero.

- Pare de resmungar - o Haitani brigou com ele, cansado de seus murmúrios.

Manjiro o encarou de uma forma tão furiosa que seus olhos quase soltaram raios lasers.

- A primeira coisa que vou fazer assim que tiver oportunidade será matar você, porra - Mikey o ameaçou, fervendo. - Por que você fez isso?!

Ran suspirou.

- Eu não chamei a polícia…

- Não tô falando da polícia, caralho! - O Sano o cortou, sem paciência. - Você ainda não me deu uma resposta decente.

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