32_Meter o pau na Samantha

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Maevie

Vi Mirella de longe, seus olhos lançando um olhar pesado e cheio de reprovação.

Hum...

— Ela tá afim ou não, miséria?! — Erick perguntou, quase em desespero.

Ele está querendo mesmo meter o pau na Samantha. Até eu queria se tivesse pau.

— Tá sim. Vocês dois são um par de emocionados e tarados. — Ri, deixando a provocação no ar. — E você, um broxa! Pegou a Samantha na festa do Pedro e nunca mais teve coragem!

— Cala a boca, sua piranha! — Ele retrucou, enquanto eu levantava o dedo do meio para ele. — Enfia lá embaixo.

— Enfia você.

— Ei, olha ali. — Erick virou meu corpo na direção de Ayla, que entrava correndo na escola, os olhos marejados.

Meu Deus. O que será que aconteceu?

— Será que rolou alguma coisa pra nerdola gostosa estar chorando?

— É óbvio, burro.

— Burra é você que estava bêbada igual uma cachorra no cio, se esfregando na frente de um monte de gente.

— Vai se foder, vai. Come a Samantha  que eu vou falar com a Ayla. — Me afastei dele, apressando os passos atrás da Ayla.

Mas Dylan surgiu como um bloqueio humano, me encarando com uma fúria que parecia prestes a explodir.

No dia em que eu e Ayla nos beijamos, ele quase me matou. Não sei como manteu o lado cavalheiro intacto, xingou horrores mas não me bateu.

— Fica longe da Ayla, porra! — Ele gritou. — Se ousar beijar ela de novo, eu arranco essa merda que você chama de boca! 

— Calma aí, seu louco. Não vou beijar ela. Aff.

Se ela quisesse, eu beijava e até transaria com ela.

— Eu só ia falar com ela porque ela não está bem e chegou aqui chorando.

— Ela tá chorando?! — A preocupação tomou conta do rosto dele antes mesmo de eu responder. Ele saiu à procura dela como se o mundo estivesse desabando.

É... ele tá mesmo apaixonado.

Ayla

Eu simplesmente não sei o que fazer. Estou perdida em um mar de confusão e medo. Ele... ele me forçou a tocar no... ele me beijou... Sinto como se quisesse desaparecer para sempre. O medo consome cada parte de mim porque sei que ele pode ir longe demais. Na verdade, ele já foi longe demais.

Me segurava para não explodir em gritos desesperados enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto molhado. Meus soluços ecoavam pela biblioteca silenciosa.

Por favor... Por favor, Deus. Preciso que isso acabe.

— Ei, Ayla! — Ouvi o diretor Edson chamando meu nome com uma preocupação genuína enquanto se aproximava de mim.

Olhei para ele, notando a expressão tensa no seu rosto demonstrando preocupação e empatia.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora