22_ Naquele beijo

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Ayla

D-Dylan! — chamei seu nome entre soluços, o choro e o desespero tomando conta de mim.

— Ayla, o que aconteceu?! — Ele parecia realmente preocupado, sua voz cheia de urgência. — Ei, calma, calma!

M-me leva embora daqui! P-por favor, me ajuda, não me deixa aqui!

Ele colocou o capacete em mim e acelerou com a moto, saindo dali rapidamente.

(...)

O silêncio nos acompanhou até chegarmos à sua casa.

Quando entramos, o ambiente estava mergulhado na escuridão. Provavelmente todos estavam dormindo.

Dylan me guiou até seu quarto e, assim que chegamos, não consegui mais conter a dor, desmoronando nas lágrimas, justo na frente dele. Que merda. Eu odeio chorar na frente dos outros. Não quero que esse idiota me veja assim.

— Ayla... — ele chamou meu nome, e então fez algo que me surpreendeu.

Ele me abraçou.

Dylan me envolveu em um abraço apertado e aconchegante. Entreguei-me ao seu calor, permitindo que as lágrimas escorressem sem reservas. Ele acariciava meus cabelos com um toque suave e carinhoso.

— Não chora, Ayla... Eu não sei o que fazer... Você é linda demais para estar assim.

Senti meu rosto esquentar levemente.

Quando minhas lágrimas começaram a cessar, ele se afastou um pouco e olhou nos meus olhos. Dylan inclinou-se e depositou um beijo suave na minha testa.

— Se você quiser conversar ou me contar o que aconteceu, estou aqui para te ouvir. Vou te ajudar. — Ele continuava a acariciar meus cabelos.

Eu quero beijá-lo. Que raiva! Como eu quero aqueles lábios perto dos meus. Não conseguia tirar os olhos...

Quando percebeu meu olhar fixo em sua boca, ele se afastou ligeiramente. Mas seu olhar vacilava, ainda preso aos meus lábios.

— Ayla...

— Hum?

— Aquilo foi só um beijo... só daquela vez...

Uma pontada de dor atravessou meu coração.

Será que... eu gosto dele?

. — respondi rapidamente. — Eu vou pra casa. — Comecei a me dirigir à porta para sair do quarto.

Que ódio! Que ódio!

Mas ele não deixou que eu saísse tão facilmente.

Aproximou-se e segurou minha mão, virando-me para ele.

Porra, eu falei besteira... desculpa. — murmurou com um olhar arrependido.

— Mas não foi só um beijo mesmo?

Não, Ayla. Não foi só isso. — Ele deslizou a mão pelo meu rosto com ternura. — Eu quero te beijar de novo. Não consigo parar de pensar naquele beijo... mesmo que eu tentasse, você não faz ideia do quanto isso ocupa minha mente. Não diga nada, apenas...

Ele me puxou pela cintura, aproximando nossos rostos enquanto seu olhar se fixava na minha boca.
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Continuar...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora