65_ Tonhona do cacete

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Dylan

— Eu não acredito nisso. — Sorri convencido.

— Pois vai ficar sem acreditar. Odeio futebol, odeio todos os esportes... — Minha namorada ficou reclamando com os braços cruzados enquanto eu comecei a driblar a bola.

— Vem, anjo — Eu falei, passando a bola de um pé pro outro, fazendo embaixadinhas e sorrindo para ela. — Vai, Ayla!

— Não, Dylan, aff! — Ela soltou uma risadinha involuntária, tentando manter a pose séria.

Eu continuei chutando a bola em sua direção, provocando-a. Acabei irritando ela de tanto chutar a bola em sua frente que acabou entrando na minha.

Se é louco, sou foda.

Ela tentava desesperadamente tirar a bola de mim enquanto eu driblava. Era impossível conter a risada. Porra, ela estava tão desajeitada e fofa

— Muito jogadora!

— Cala a boca!

— Vou te dar uma chance. — Chutei a bola que parou bem na sua frente. — Vai. Não deixa eu tirar a bola de você, amor.

Comecei a me aproximar devagar, mas como minha namorada é uma ótima jogadora de futebol, em menos de dois segundos tomei a bola dela. Ri alto.

— Vai se foder! Você vai ver! — Ela se revoltou.

Porra, muito gostosa prendendo o cabelo em um rabo de cavalo.

Assim que terminou de prender o cabelo, ela veio pra cima de mim, determinada a recuperar a bola. Deixei que ela pegasse por alguns segundos e ela gritou feliz:

— UUUUH! VIU SÓ, IDIOTA!

— Eu vi, anjo, você é boa em tudo que faz — Corri até ela e a derrubei no gramado.

— Seu doido!

A beijei e ela correspondeu completamente. Aproveitei aquele momento doce dos lábios dela.

— Eu te amo. — Disse ao finalizar o beijo com mais um selinho.

— Eu te amo. — Ela respondeu com um sorriso encantador.

Linda. Linda, linda. Às vezes me pergunto como consigo me controlar.

Porra, sou um tarado do cacete. Minha vontade é de transar com ela aqui mesmo nesse gramado.

— Aí, Ayla — Escutamos uma voz feminina chamando o nome da minha namorada.

Eu saí de cima dela e nos levantamos.

A garota me olhava com aquele típico olhar provocador: "me fode, vai".

— Vai falar não? — Ayla disse com um toque de ciúmes na voz.

Amo quando ela fica assim. Quero que saiba que sou todo dela.

— Como está sendo ser a filha do diretor da escola? Agora pode fazer tudo o que quiser? — A garota provocou.

— Claro que não. — Ayla respondeu com firmeza.

— Pelo visto você não é tão inteligente assim, né? Tira notas altas só porque é filha do diretor!

— Tonhona do cacete — Eu murmurei.

— Pense o que quiser. Tô pouco me fodendo. E você está dizendo o quê? Você não deve saber nem o A, B, C... — Ayla afirmou com confiança.

A garota olhou com raiva para minha namorada e soltou:

— O Dylan é muito bonito pra você!

— Isso quem tem que dizer sou eu, né? — Eu intervi rapidamente. — E não, não sou muito bonito pra Ayla, ela que é muito bonita, uma deusa pra mim. A minha deusa.

Puxei Ayla e nos afastamos da garota provocadora.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora