Aquele Idiota 2- 17_ Au, au, au

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Sienna

Eu perdi meu pai. A Ayla o matou. Uma parte de mim também morreu quando ele se foi. E, meu Deus, o que ele fazia com a Ayla não era nada demais. Na verdade, ele fazia o mesmo comigo — só pedia que eu permanecesse em silêncio.

Agora, minha vida está um caos. Eu perdi meu pai e, como se isso não bastasse, meu namorado me traiu. É, o Maycon me traiu. Minha mãe ainda teve a audácia de fazer uma piadinha dizendo que era karma pelo que fiz com a Ayla. E a Ayla? Ela está perfeita, a vida perfeita.

— E aí, Sienna? — Clara se aproximou de mim e me abraçou. — Já pensou no que podemos fazer para acabar com a vida da sua irmãzinha? Porque o Dylan parece que não vai me dar bola nem a pau. Tô cansando já!

(...)

Ayla

Estava apenas de calcinha e sutiã no banheiro, preparando-me para um banho quente e relaxante.

Assim que tirei o sutiã, meu namorado entrou sem roupa nenhuma. Oh, Deus...

Eu sou cadela desse homem com orgulho... au, au, au.

Minhas pernas ficaram bambas. Eu me senti fraca diante do jeito como ele me olhou, com aquele fogo nos olhos.

Mas... estou naqueles dias.

— O que foi, amor? — Ele perguntou enquanto me empurrava contra o box frio do banheiro, com uma mão levemente apertando meu pescoço.

Em seguida, deu um chupão no meu lábio inferior.

— Você sabe, idiota... — Meu corpo inteiro arrepiava com os beijos dele.

— Sabe, anjo? Eu deveria te deixar nove meses sem cólica alguma... — murmurou com aquele olhar intenso e provocante que fazia meu coração disparar.

Minhas bochechas ficaram quentes e não consegui evitar um sorriso nervoso. Ele sabia exatamente como me deixar sem palavras.

— Dylan! — protestei, dando um leve empurrão em seu peito.

— Estou falando sério, amor... — Ele continuou beijando meu pescoço, puxando-me para mais perto. — Você não consegue imaginar como seria incrível? Eu mimando você... e mais alguém pra roubar sua atenção de mim.

Eu ri meio boba.

— Você é louco, sabia? — Brinquei rindo.

Dylan me puxou para mais perto, mantendo aquele olhar que fazia meu coração bater descompassado. Por mais que estivéssemos só brincando, o que ele dizia trazia um calor diferente, uma ideia de futuro que eu nunca tinha realmente parado para considerar com ele. Era um pensamento que eu deixava distante, mas algo nele sempre fazia eu me sentir segura.

— Louco? Talvez... mas você gosta disso, né? — ele sussurrou, a voz grave, enquanto seus dedos deslizavam pelos meus cabelos.

Senti minhas bochechas esquentarem e desviei o olhar, mas Dylan segurou meu rosto com delicadeza, forçando-me a encará-lo.

— Ei... não foge de mim. — Ele sorriu, aquele sorriso que sempre me desarmava.

Era impossível não sorrir de volta. Em meio à confusão da minha vida, das mensagens misteriosas, e agora, da presença de Clara, ele era o meu porto seguro. Era com ele que eu podia ser eu mesma, sem medos ou máscaras.

Eu acariciei o rosto dele, passando meus dedos levemente pela sua barba por fazer.

— Acho que você está certo. — Respondi, quase em um sussurro. — Você me faz sentir segura. Mesmo quando o mundo lá fora parece estar desmoronando.

Ele me abraçou com força, e ficamos assim por alguns minutos, apenas no silêncio. Eu amo tanto, mais tanto estar perto dele...
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora