64_ Tesoura

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Ayla

Cheguei na escola acompanhada de Edson. Assim que avistei Dylan, ele já estava me esperando, e ao me ver, puxou minha mão e me envolveu em um abraço caloroso.

— Oi! — disse animada, retribuindo seu abraço.

— Oi, anjo! — Ele beijou minha testa com carinho. — Estava com saudades de você.

— Eu também... — respondi, com um sorriso bobo no rosto.

Nesse momento, meu pai tossiu de forma significativa, fazendo com que nos separássemos, mas ainda assim permanecemos de mãos dadas.

— Bom dia, sogrão! — Dylan exclamou, soltando um sorriso travesso. — Tudo tranquilo por aqui?

— Tranquilo. E quando você vai lá em casa? Você nem pediu minha permissão para namorar minha filha! — Edson disse com um olhar sério.

— Diretor! — exclamei. — Quer dizer... Edson. Pai!

Caramba, me atrapalhei toda.

— Tem razão, sogrão. Quando você quiser, podemos ter uma conversa sobre meu relacionamento com sua filha — Dylan respondeu, piscando para Edson.

— Certo. Então hoje à noite você vai lá em casa.

Ai, gente, que vergonha!

Assim que nos afastamos, Dylan riu e me abraçou novamente.

— Você está toda linda. — Ele me deu um selinho suave. — Humm... como eu senti falta dessa boquinha. — Apertou minha cintura enquanto começávamos a andar em direção à sala de aula.

(...)

— Eu realmente estou gostando da Maevie. Muito mesmo! — Mirella confessou, e eu fiquei chocada.

Ela não odiava a Maevie? Odiava pra caramba!

— Mas você odiava ela! — comentei incrédula.

— E você também odiava o Dylan.

— É verdade!

Rimos juntas

Hum, então amor e ódio estão realmente interligados...

— Mas e aí, menina? Já tá dando muito pro Dylan? — Mirella perguntou de forma maliciosa.

Arregalei os olhos com a pergunta.

— O quê?!

Senti minhas bochechas esquentarem ao lembrar das noites que passamos juntos... das inúmeras vezes que... ah, não preciso falar.

— Safadinha hein  — Mirella olhou para mim com uma expressão provocadora.

— Para! Eu sei que você e a Maevie... tesoura.

Agora quem ficou com as bochechas coradas foi ela.

— E você está curtindo morar com seu pai e a mulher dele? — Ela mudou de assunto rapidamente.

— Querendo fugir do assunto, amiga?

— Affff! — Ela resmungou entre risadas.

(...)

— Quando... a gente vai dormir junto de novo, anjo? — meu namorado sussurrou enquanto beijava minha bochecha e apertava minha coxa levemente.

— Hum, deixa de ser grudento! — brinquei, mostrando a língua antes de levar um tapa divertido na bunda.

— EI CARA! — Dylan gritou para um cara que segurava uma bola. — MANDA AE!

O cara chutou a bola na nossa direção e Dylan a pegou com facilidade, agradecendo ao rapaz.

Dylan olhou para a bola e depois para mim com um sorriso travesso no rosto.

— Ah não! Não invente!

— Ah sim! — ele disse pegando minha mão e me puxando sem piedade.

— Dylan, caramba! Eu sou péssima em todos os esportes!

Ele ignorou meus protestos e correu até o campo, posicionando a bola no chão como se estivesse prestes a fazer algo épico.

Mas que filho da mãe!
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora