36_ Você pode me beijar

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Dylan

Porra.

A vontade de matar aquele desgraçado era intensa. Mas ver Ayla quase chorando, implorando para eu parar, me fez hesitar. Bater nele na frente dela só traria mais dor a ela, e isso eu não podia permitir.

Mas caralho, não consigo parar de pensar no que ele pode ter feito para ela. Eu realmente vou acabar com ele.

Sem conseguir me controlar, estava prestes a desferir um soco no filho da puta até ele desmaiar ou o bater até morrer. Porém, Ayla foi mais rápida, ela me abraçou por trás, como se sua presença fosse uma âncora que me afastasse daquela raiva.

— V-vamos para sua casa. Vamos embora daqui — disse ela, seu corpo tremendo.

Deixamos o desgraçado para trás e fomos para minha casa.

(...)

Ayla

Eu sabia que Dylan iria matá-lo se eu não tivesse intervindo. E não queria isso. Não quero que ele se prejudique por minha causa.

Já havíamos jantado e a comida da Emilly era realmente maravilhosa.  Simón estava contando uma historinha para Hazel antes de dormir.

A mãe do Dylan me emprestou um pijama para passar a noite.

— Boa noite, Emilly! Obrigada! — agradeci, sentindo-me acolhida.

— De nada, Ayla! Juízo você e meu filho heim — ela brincou, fazendo eu rir de vergonha.

Subi as escadas e entrei no quarto do Dylan, fechando a porta atrás de mim.

Ele estava sentado na cama, encostado na cabeceira.

— Eu vou dormir aonde? — perguntei, um pouco nervosa.

— Aqui comigo — respondeu ele de forma casual.

— Ah.

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas nos olhando como dois idiotas. Diria até que dois idiotas apaixonados, mas ele não esteja apaixonado por mim, só eu estou apaixonada por ele.

Mas então percebi que ele olhava para minha boca e eu para a dele.

— Você quer que eu te beije? — perguntou ele rindo, puxando-me para sentar ao seu lado na cama.

— Eu que te pergunto!

— Você estava olhando para minha boca muito antes de eu olhar para a sua, anjo. — ele disse com um sorriso convencido.

— Mentiroso! — respondi com um olhar feio enquanto ele sorria ainda mais. — Vamos fazer uma brincadeira então — sugeri.

— Qual?

— Você não pode me beijar e eu não posso te beijar.

— Porra... — ele resmungou.

— Vai ser fácil — declarei com confiança.

É claro que o filho da mãe não iria perder a chance de me provocar.

Ele me puxou para o colo dele e começou a distribuir beijos molhados pelo meu pescoço. Meu corpo inteiro arrepiou e suspiros pesados escaparam dos meus lábios.

Acho que meus suspiros estavam apenas aumentando ainda mais a vontade dele de me beijar.

Me aproximei dele como se fosse ceder ao nosso joguinho e beijá-lo, mas logo me afastei, rindo ao ver a expressão frustrada no rosto dele.

Mais uma vez, fui em direção aos lábios dele e sussurrei:

Você pode me beijar se quiser, mas sabe que vai perder se fizer isso.

Ele sorriu divertido e selou meus lábios com os dele.

Então acho que perdi. — disse ele com um sorriso travesso antes de voltar a me beijar novamente, mas dessa vez foi muito mais do que apenas um selinho.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora