66_ S-sim!

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Ayla

Dylan acabou de me deixar em casa e partiu de moto. Assim que entrei, fui direto para a sala e me deparei com Fernanda, segurando Lion em seu colo, enquanto lia um livro.

— Oi, Ayla! — ela sorriu para mim.

— Oi! — respondi, sentando no sofá e deixando minha mochila em um canto.

— Como foi a escola hoje?

— Ah, nem bom nem ruim. Um pessoal ficou dizendo que só estou tirando notas altas porque o "diretor" é meu pai. Você acredita?!

— Nossa, eu já imaginava que isso ia acontecer. Mas relaxa, você sabe que isso não é verdade. Você é inteligente porque se dedica muito. Infelizmente, sempre vai ter algum chato comentando isso.

— É verdade. — concordei.

— Mas e aí, vamos almoçar? Estava te esperando!

(...)

Já estava pronta para o jantar com o diretor — quer dizer, meu pai — Fernanda e Dylan, que me mandou mensagem dizendo que estava quase chegando.

Estava passando perfume quando ouvi a notificação de uma mensagem no celular.

Peguei o aparelho e vi que era de um número desconhecido.

Assim que li a mensagem, meus olhos se arregalaram e minhas mãos começaram a tremer.

Gostosinha. Logo vamos nos reencontrar, Ayla. Aguardo ansiosamente por esse momento, filhinha.

Marcos. Marcos. A mensagem era dele. Tenho certeza disso.

Sai do meu quarto e desci as escadas correndo. Meu namorado já havia chegado e estava conversando com meu pai e Fernanda.

— O-oi! — gaguejei.

— Oi, anjo! — Dylan sorriu ao me ver, mas logo sua expressão mudou. — Você está bem, amor?

— S-sim! — respondi forçando um sorriso.

— Filha, você não parece bem... aconteceu algo? — Edson perguntou.

Marcos, Marcos, Marcos, Marcos.

Não... — respondi.

— Ei, Ayla, qualquer coisa fala com a gente, tá bom? Estamos ao seu lado! — Fernanda disse.

Estou com tanto medo.

Dylan se aproximou de mim e entrelaçou sua mão na minha.

— Mas então, vamos jantar? — meu pai sugeriu.

— Eu... eu não estou com fome. — falei.

Perdi completamente a fome. Não quero comer nada agora, não consigo.

Sem perceber, duas lágrimas escorregaram pelo meu rosto.

— Ei, ei... — Dylan me abraçou e eu me entreguei ao abraço dele, desmoronando em lágrimas.

— Q-quero ficar sozinha... com o Dylan se você deixar. — olhei para meu pai.

— Claro, filha... se isso vai te fazer melhor.

— D-desculpa por estragar o jantar. — minhas mãos tremiam.

— Não estragou nada, relaxa! — Fernanda disse para me confortar.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora