Aquele Idiota

67_ Vagabundo

Ayla

Deitamos na minha cama, envoltos em um abraço apertado. Me aconcheguei nos braços dele e pedi que não perguntasse o porquê da minha tristeza. Ele atendeu meu pedido sem hesitar, mantendo-me perto enquanto me cobria de beijos suaves.

— Como você pretende decorar seu quarto, anjo? — ele perguntou, acariciando meus cabelos com ternura.

— Não pensei nisso ainda — respondi, perdida em seus olhos.

Marcos, Marcos, Marcos…

— Anjo, que tal me maquiar? Pintar minhas unhas? Fazer um penteado no meu cabelo? Sabe, faça o que quiser comigo, amor…

— Ei! Sei que você está tentando me alegrar. Mas só de ter você aqui ao meu lado já me sinto tão bem. Você é incrível, Dylan. Como eu poderia ficar triste se o cara mais perfeito do mundo me chama de "anjo"? Obrigada, eu te amo! — Aproveitei a oportunidade para depositar um selinho suave em seus lábios.

Ele corou e sorriu de um jeito tão adorável que meu coração quase derretia.

— Você é a garota mais doce e linda que eu conheço. Nossa química é surreal e a nossa conexão é irresistível — disse ele, puxando-me para um beijo suave. — Porra, você acaba comigo com esse beijo. Eu moraria nele dia e noite.

Os olhos dele brilhavam com uma intensidade que me deixava sem palavras. Era como se toda a luz do mundo estivesse concentrada ali.

— Você sabe, eu não acreditava em nada antes de você chegar. Eu estava tão perdido e traumatizado. Mas você mudou tudo isso, Ayla. Eu te amo tanto que nem imagina. Você é a garota por quem eu faria qualquer coisa.

— E eu também faria qualquer coisa por você — respondi com sinceridade. — Você é tão carinhoso comigo.

— Só você tem esse lado meu, anjo — beijou minha testa delicadamente.

Depois disso, nós apenas dormimos juntos, e felizmente não tive nenhum pesadelo com Marcos naquela noite.

(...)

— Cara, preciso terminar logo esse trabalho — disse Erick enquanto saíamos da sala. Ele estava ao lado de Dylan e eu caminhava junto com Maevie.

— Estou tranquilo — meu namorado vagabundo respondeu com desdém.

— Eu já fiz tudo — declarei orgulhosa.

— Nerd! — Dylan brincou.

Mostrei a língua para ele em resposta.

— Você é um vagabundo — afirmei com um sorriso travesso.

— Ah, eu simplesmente esqueci desse trabalho completamente — Maevie comentou passando a mão na cabeça em frustração.

— Relaxa! Eu te ajudo — sorri para ela, querendo aliviar sua ansiedade.

(...)

Aquele número desconhecido novamente… Aquele maldito número. Marcos tinha voltado a me enviar mensagens.

Bloqueei-o mais uma vez, mas a sensação de pânico não se dissipava. Será que esse pesadelo nunca teria fim? Só queria que tudo isso acabasse. Que ele esquecesse da minha existência para sempre. Apenas isso. Só isso…
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Continua...