Aquele Idiota

12_ A porra do meu pau

Ayla

Acordei com o som insistente do despertador.

Ontem, passei o resto do dia trancada no meu quarto, mergulhada nos meus maravilhosos livros. Eles sempre foram meu refúgio.

Levantei da cama e, antes de ir tomar meu banho, ouvi batidas na porta e a voz da Sienna.

Abri a porta e ela entrou, com o rosto marcado pela indignação.

— Estou tão decepcionada com você, Ayla! — disse, com lágrimas nos olhos. — Como você pode pensar essas coisas sobre o meu pai?!

Provavelmente nossa mãe contou para ela...

— Porque é a verdade, Sienna. S-seu pai me olha com um desejo que me deixa desconfortável. Eu me sinto exposta! Ele me chama de "gostosinha" e isso me assust...

— CALA A SUA BOCA, SUA PROBLEMATICA! — ela gritou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Meu pai não é assim! Ele te considera como uma filha! Ele é psicólogo!

— Não precisa acreditar em mim, Sienna. — respondi, lutando para conter as lágrimas. — A-acho que esse pesadelo nunca vai acabar mesmo...

— Você é louca, Ayla. Completamente louca! Não aceito que você invente essas coisas sobre meu pai! — Com isso, ela saiu do meu quarto.

(...)

Dylan

A Mirella está preocupada com a Ayla. Ela disse que a Ayla chegou na escola hoje e não parecia nada bem. Será que... aconteceu alguma coisa?

Foda-se se aconteceu. Eu não me importo. Não me importo com ela, com o que aconteceu. Tanto faz.

(...)

Estava sozinho na sala de aula, havia chegado cedo. Sozinho até o momento em que Ayla entrou. E realmente, ela não... não parecia bem.

Quando me viu, começou a se dirigir à minha mesa.

— Aqui é meu lugar, Dylan. — afirmou.

Eu tinha sentado no "lugar dela".

— Não tem seu nome aqui.

— Mas eu sento aqui todo dia. Licença, por favor — pediu.

— Não.

— Sai, caramba!

— Já disse que não, valeu. — provoquei.

Ela revirou aqueles lindos olhos castanhos e foi se sentar na mesa da fileira ao lado. Mas antes que pudesse se acomodar, puxei-a e a coloquei em meu colo.

Ayla virou o rosto para mim, com os olhos arregalados e as bochechas coradas. Tentou se levantar, mas eu a segurei.

— O seu lugar não é aqui?

— N-não, Dylan. Deixa pra lá.

— Você está bem, Ayla? — perguntei antes que tentasse sair novamente.

— Desde quando você se importa comigo?

— Desde nunca. Não me importo com você.

— Deixa eu sair do seu colo, porra!

— Para de se mexer...

Ela vai acabar acordando a porra do meu pau.

— Tem alguma coisa dura nos seus bolsos. — comentou inocentemente.

— Meus bolsos estão vazios, Ayla...

Nesse momento, Maevie entrou na sala junto com Erick e perguntou:

— O que você está fazendo no colo dele?!
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Continua...