31_ Vai ser rápido

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Ayla

Página 124.

124? Que isso heim.

Hazel que sujou minha mente!

Já havia escovado os dentes e vestido meu pijama para dormir.

Amei esse livro, mas estou tão cansada que as letras parecem dançar à minha frente.

Deixei o livro na mesinha ao lado da cama e peguei meu celular, ativando o despertador para amanhã.

Antes que eu conseguisse me deitar e finalmente adormecer, batidas rápidas ecoaram na porta do meu quarto.

Droga. Eu esqueci de trancar a porta.

Sempre deixei fechada, especialmente se... se o Marcos tentasse entrar...

E agora, a porta estava destrancada.

Ele entrou como se tivesse todo o direito do mundo, fechando a porta atrás de si com um barulho que reverberou no meu peito.

— S-sai do meu quarto agora! — Pedi, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto em um fluxo incontrolável.

O medo e o desespero me invadiram quando ele me agarrou, colocando a mão na minha boca, sufocando qualquer grito que quisesse escapar. Meu corpo tremia, eu me sentia sem ar, desejava chorar até desaparecer.

Fique quieta, filha! Vai ser rápido. — Ele disse com uma frieza cortante.

Eu odeio quando ele me chama de filha.

— A Sienna comentou que... você finalmente perdeu o bv. E olha só, além de beijar garoto, beijou garota! Você gosta dos dois? Hum?

Que droga... por que ela teve que abrir a boca?

Você iria amar um beijo meu, gracinha gostosa...

Ele tinha mais força do que eu. Muita mais. Tentei resistir, mas não havia como lutar contra ele. Ele forçou minha mão trêmula contra a sua calça, fazendo-me tocar sua parte íntima.

Eu chorava em desespero, negando com a cabeça enquanto ele não parava, fazendo minha mão apertar e massagear seu pênis imundo.

Num movimento brusco, ele removeu a mão que tapava minha boca e a beijou violentamente, segurando minha cabeça como se fosse um objeto. Sua língua invasiva lambuzou meus lábios.

Sinto-me tão suja. E eu não tinha forças para afastá-lo. Na verdade, eu não sabia o que fazer, sou uma fraca.

Marcos me largou abruptamente quando ouvimos passos se aproximando do meu quarto e entrando sem cerimônia.

Sienna.

— Por que você está chorando? — Ela perguntou, mas eu permaneci em silêncio. — Por que ela está chorando, pai?

— Eu não sei, filha. — Ele respondeu com um sorriso cínico. — Quero conversar um pouquinho com você. — E saiu do meu quarto como se nada tivesse acontecido. Quase vomitei.

— Conversa com ele mesmo, Ayla. Papai é um bom psicólogo, não é à toa que todos gostam de passar tempo com ele. — Sienna disse com desdém.

— SAI DO MEU QUARTO! — Gritei em desespero. — SAI! SAI DAQUI!

Ela me olhou com desprezo antes de sair do meu quarto.

Corri para o banheiro e vomitei tudo o que havia dentro de mim.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora