23_ Ronca muito!

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Ayla

Ele me beijou tão docemente que eu quase derreti. Dylan me beijava lentamente, como se quisesse saborear cada instante dos meus lábios, sem pressa alguma.

Enquanto me beijava, ele delicadamente colocou meu cabelo para trás da orelha e acariciou meu rosto com a ponta dos dedos, como se estivesse traçando um mapa só nosso.

Quando nos separamos, ele me deu mais um selinho demorado, quase como um sussurro silencioso de que amava me beijar.

Tô me iludindo muito?

— E aí? Meu beijo faz milagres, né? Fez você se sentir melhor? — perguntou, soltando uma risadinha que fez meu coração acelerar ainda mais.

— Você é um idiota mesmo. — ri, revirando os olhos com sarcasmo.

— Você precisa parar de revirar esses olhos pra mim. — Ele disse com um sorriso de lado. Eu revirei os olhos novamente, só para provocá-lo. — Quando eu te der realmente motivos para fazer isso, não reclama...

Naquele momento, meu rosto esquentou com o significado das suas palavras.

— Você quer conversar? — ele perguntou, com um tom suave.

— Por enquanto não.

— Então deita aqui. — Ele disse, puxando-me para sua cama e fazendo eu me acomodar confortavelmente. — Posso deitar aí com você?

— Pode. — Respondi num sussurro.

Então, ele se deitou ao meu lado e me puxou para mais perto, fazendo minha cabeça repousar em seu peito. O som do seu coração acelerado misturava-se ao meu, criando uma melodia íntima. Eu o abracei de volta e fechei os olhos, permitindo que aquele momento me envolvesse até que adormeci.

(...)

Acordamos de manhã com Hazel e Aurora invadindo o quarto como furacões.

— Minha nossa senhora! Eu não acredito no que estou vendo! — Aurora exclamou, colocando as mãos nos olhos e saindo do quarto apressadamente. — Que pouca vergonha é essa meu pai! — gritou pelos corredores.

Num impulso involuntário, acabei empurrando Dylan da cama. Elas estão achando que a gente transou?!

— Ai, porra! — ele resmungou.

— Que bonitinhos! — Hazel comentou, apertando as próprias bochechas com entusiasmo. — Vocês brincaram de papai e mamãe e fizeram aquilo?

Misericórdia! Essa menina tá demais!

— Hazel mas o que... — Dylan tentou protestar, mas ela o interrompeu com risadas altas enquanto saía do quarto.

— Sua irmãzinha tá muito avançada. — comentei rindo. — Também né, olha pro irmão que ela tem...

— Fica quietinha. Eu não tenho nada a ver com isso.

— Lógico que tem! Você é uma má influência pra ela. Agora, onde tem uma escova de dentes?

— No banheiro, procura lá, bafuda.

— Bafudo é você! — respondi enquanto entrava no banheiro dele.

— Aliás, você baba enquanto dorme, Ayla! — ele gritou alto entre risadas.

Eu babo?

— Ah é? E você ronca! — menti descaradamente. Ele não ronca nada... mas tinha que provocar. — Ronca muito!
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora