77_ Fim♡

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Ayla

Já se passou um mês desde tudo o que aconteceu. Um mês cheio de pequenas, mas poderosas, mudanças em mim, nas pessoas ao meu redor, na forma como vejo o mundo e, principalmente, no meu coração. Não há explicação para essa felicidade que transborda, um sentimento tão forte que mal consigo colocar em palavras.

Dylan, o idiota do meu namorado, continua sendo, a melhor parte do meu dia. Cada dia que passa, eu me apaixono mais por ele. Estávamos na sala de aula, ele atrás de mim, como sempre. Ele não parava de puxar meu cabelo, e eu mal conseguia me concentrar. "Você fica ainda mais linda quando você está brava”, ele sempre dizia, e eu não sabia se ria ou ficava irritada. Mas, eu sabia que ele fazia isso porque adorava me ver revirando os olhos, o que, aparentemente, para ele, era irresistível.

Mirella, por outro lado, estava de “mal” com a Maevie porque, no auge da sua indignação, Maevie roubou um pedaço do seu chocolate. Não pude evitar o sorriso ao lembrar dos biquinhos de raiva da Mirella, que, no entanto, se rendeu ao sabor do chocolate minutos depois. Eu só estava esperando o Dylan me entregar o chocolate que ele prometeu!

Mirella e Maevie estavam cada vez mais próximas e o que acontecera entre eles no passado parecia, aos poucos, se dissolver, sem deixar marcas permanentes. A mesma coisa com Dylan. O que a Maevje fez com ele não o aterrorizava mais. Ele sempre diz que eu tinha juntado os caquinhos dele e o transformado em alguém completo de novo. Eu sorrio sempre que ele diz isso.

Erick e Samantha estavam namorando agora, e Pedro, como sempre, continuava seu estilo de vida "vagabundo", saindo com todas. Maycon ainda estava com minha irmã, Sienna. A vida deles seguiu, mas sempre havia algo que me incomodava: minha mãe e, inevitavelmente, Marcos. Pensar em Sienna e em minha mãe me trazia lembranças de Marcos, do pesadelo que ele foi para minha vida. Às vezes, ainda tenho pesadelos com ele, mas Dylan sempre me acalma.

Meu pai e Fernanda... bem, com eles eu nunca precisei de palavras para descrever o quanto eles significavam. Fernanda, em particular, se tornara como uma mãe para mim, com seu amor incondicional e cuidado em cada gesto. Como se, depois de tudo, ela tivesse surgido para me lembrar de que a vida também pode ser gentil.

Finalmente, o sinal tocou, quebrando meu transe. Eu estava ansiosa para sair daquelas aulas intermináveis. Sou uma boa aluna, mas, às vezes, o tempo parecia parar em um minuto interminável de cansaço.

Dylan entrelaçou nossas mãos e saímos da sala juntos. A sensação de tê-lo ao meu lado é indescritível.

Samantha e Erick estavam ali, como sempre, grudados, fofos, quase impossíveis de se separar. Eu olhei para Dylan e, com um sorriso travesso, disse:

— Não posso falar muita coisa deles, né...

Ele riu e tentou me beijar, mas eu não deixei.

— Só um beijo, Ayla! — ele fez biquinho, a expressão de quem estava se fazendo de vítima.

— Você está muito manhoso ultimamente — eu disse, me inclinando para beijá-lo, mas, de repente, desviei. — E o chocolate que você me prometeu, hein?

Dylan revirou os olhos, fingindo irritação.

— Fala sério, achei que você ia me beijar! O sogrão disse que você anda comendo muito doce, amor.

— O quê? Vou lá reclamar disso com ele! — Eu disse, rindo, mas logo ele me puxou para um abraço.

A nossa risada foi interrompida pela voz do meu pai.

— Que casal meloso.

Eu olhei para ele, arqueando uma sobrancelha.

— Não pode falar nada, vive grudado com a Fernanda — eu falei, dando risada.

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora