61_ MARCOS!

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Ayla

— Eu ainda vou morrer andando de moto com você! — eu exclamei, enquanto ele tirava o capacete da minha cabeça.

— Caladinha, eu sei que você adora andar de moto comigo, anjo. — Ele sorriu, e eu não pude deixar de mostrar a língua para ele, rindo.

Aurora e Hazel se aproximavam de nós, com expressões divertidas no rosto.

— Concordo plenamente, esse meu neto vai como um doido! — Aurora comentou, com um brilho divertido nos olhos.

— E você não quer dar uma voltinha de moto comigo, vovó? — Dylan provocou, sabendo do medo dela.

— Vala, meu Deus! Deus me livre! — Ela respondeu, fazendo todos nós gargalharmos. — Do que vocês estão rindo? Vou pegar um pau e bater em vocês!

Eita, eita!

— Desculpa! — eu disse entre risadas.

— É isso aí, desculpa, vovó!

Depois que almoçamos, decidimos que um sorvete é a melhor coisa para aquele calor insuportável.

— Quero ir pra piscina! — Hazel exclamou animada.

— Realmente está muito quente. — Dylan concordou.

— Imagina a vovó de biquíni! — Hazel riu alto, e Aurora rapidamente se levantou da mesa.

— Espera aí que você vai ver, sua malcriada!

Ela correu pra pegar o "pau".

(...)

Desliguei o chuveiro, já tinha terminado meu banho quente e relaxante.

Me sequei com a toalha e então...

Marcos.

Assim que o vi, gritei desesperadamente.

— POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDA! — minha voz ecoou pelo banheiro. — SAI DAQUI, SAI DAQUI!

Senti como se não conseguisse escapar dele. Não havia saída.

Então ele me atacou naquele chuveiro. Ele me estuprou naquele chuveiro.

— Ayla, Ayla!

— NÃO! N-NÃO! POR FAVOR, PARA, MARCOS!

— Anjo, é só um pesadelo! Sou eu, Dylan! — Senti braços me envolvendo com força e ternura.

Abri os olhos de uma vez só, gritando.

Era apenas um pesadelo. Marcos.

Desesperada, comecei a chorar nos braços do Dylan.

— Calma, querida. Já passou. Está tudo bem. — Ele beijou meu rosto suavemente. — Eu estou aqui. Ele não vai te fazer mal. Ninguém vai.

— E-ele me... ele conseguiu o que queria, D-Dylan!

— Não, amor! Ele não conseguiu. — Ele beijou minhas lágrimas com delicadeza. — Nunca vai conseguir. Nunca.

Eu espero. Espero tanto que ele não consiga.

— Nunca mesmo?

— Nunca mesmo. — Selou nossos lábios com um beijo suave. — Vamos te distrair para você não pensar nesse desgraçado.

— Me distrair? — Eu perguntei, ainda tremendo um pouco enquanto ele assentia com a cabeça.

— A gente pode fazer o que você quiser... — Ele sorriu de forma calorosa. — Se você quiser ler um livro eu leio com você, ou até mesmo me maquiar... qualquer coisa que te faça sentir melhor. É só pedir, anjo.

Tão perfeito comigo...

— Sei que você não gosta de ler... então vamos assistir a um filme? — eu sugiri com um sorriso tímido nos lábios.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora