10_ Espera aí!

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Ayla

- Será que as princesas soltam pum? - Hazel questionou, me fazendo rir.

- Mas é claro que sim, Hazel! Todo mundo solta pum.

- Até você? Você é tão linda, Ayla.

Sorri com o elogio, mas não consegui conter a risada com as perguntas dela.

- Da pra entender porque meu irmão te desenhou. É muito lindona!

Essa história de novo? Eu não acredito que o Dylan me desenhou. Não mesmo. Ele deve me achar mais feia que tudo.

- Deveria ser outra pessoa. - Falei.

- Não era! Era você mesma, Ayla! Igualzinha você. - Afirmou com certeza.

Então deveria ser uma pessoa igual a mim! Só pode.

- Você e meu irmão ficariam bonitos como um casal de namorados! - Disse Hazel, me fazendo arregalar os olhos.

Meu coração acelerou. Credo, será um problema cardíaco?

- Deixa eu fazer logo a trança no seu cabelo pra você vira a Elsa, Hazel! - Tentei mudar o assunto.

- Tá tentando mudar de assunto, neee?

Porque essa garotinha tinha que ser esperta?

- Seus pais estão trabalhando? - Outra vez, tentei mudar a conversa.

- Estão e só chegam mais tarde. Mas para de mudar o assunto, Ayla!

Ri de nervoso e fiz as tranças no lindo cabelinho dela.

(...)

Desci as escadas para ir embora da casa do Dylan, encontrando ele sozinho na sala. Hazel acabou dormindo enquanto brincávamos.

Quando Dylan me viu, ele se levantou do sofá e veio em minha direção.

- Já terminou de brincar de princesas? - Ele perguntou, rindo sarcástico.

O ignorei completamente e depois perguntei:

- Cadê sua vó? Quero me despedir dela.

- Ela subiu para o quarto e dormiu.

- Ah. Pode falar pra ela que mandei um beijo e um abraço e amei conhecê-la?

- Não. - Dylan falou simples.

- É um babaca mesmo. - Falei, indo em direção a porta para sair de sua casa.

- Espera aí! - Ele falou vindo atrás de mim e segurou minha mão, me deixando confusa.

No momento que ele pegou minha mão, eu senti algo inexplicável. Eu não sei, mas foi como um choque. E merda, eu preciso muito entender o que está acontecendo com meu coração, que está disparado.

Ficamos olhando para nossas mãos juntas. Depois nossos olhares se encontraram. Ele me encarava com uma certa intensidade e... os olhos dele brilhavam.

Ele se aproximou mais um pouco de mim, me deixando mais nervosa. Foi quando seu olhar desceu para minha boca e depois subiu para meus olhos novamente.

- E-eu já vou. - Consegui dizer, puxando a minha mão.

- Quer que eu te leve? - Ele perguntou.

- Não. Não é tão longe. É... tchau.

Apressada, sai de sua casa.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora