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Fellipp Barbieri

Parado ao lado de Apollo, sequer prestava atenção no que ele dizia; minha atenção estava focada na mulher ruiva, toda delicada, sentada na espreguiçadeira com o mesmo livro de sempre em suas mãos. Cordelia conseguiu tirar meu foco, até mesmo quieta, sem fazer nada.

— Está me ouvindo? — desvio o olhar, vendo Apollo franzir as sobrancelhas.

— O que disse? — nem faço questão de chutar qual era o assunto que ele falava; reviro os olhos quando o homem gargalha.

— Vejo que está bem ocupado secando sua esposa. — Não respondo nada, olhando novamente em direção a Cordelia. — Sua esposa é bonita. — Confirma o que eu já sei. — Então, por que trouxe a prima?

— Agi em torno da raiva, o que foi uma completa burrice. — Admito, ciente dos meus erros em relação à minha esposa. — Posso te fazer a mesma pergunta: o que será da minha prima quando vocês se casarem? Espero que não a maltrate. — Mudo meu tom, falando com seriedade; só de pensar no destino de Violetta, meu instinto protetor fala mais alto. Violetta é a princesinha de toda a família, sendo a única sobrinha, filha e prima mulher.

— Não irei maltratá-la, mas também não vou desfazer meu compromisso com Helena. Eu a amo. — Não sei se acredito muito na convicção com o que Apollo falara; percebo o quanto ele está enrolado com a loira titulada Helena.

Sigo o olhar de Apollo, que observa a piscina, onde Lindsay tagarela e a loira azeda estão em uma conversa animada. O homem encara a loira com uma expressão de bobo apaixonado. Helena joga um beijo no ar, logo mudando para uma expressão maliciosa. Sedutoramente, a mulher se levanta, expondo seu minúsculo biquíni.

Sedutoramente, somente para Apollo, porque meus olhos insistem em desviar para a garota ruiva sentada na espreguiçadeira.

Cordelia parecia um anjo, um dos mais lindos anjos...

BUMM!

Esse foi o som que ecoou no ambiente quando a loira azeda pulou na piscina, molhando minha esposa. Senti a raiva corroendo minhas veias; puxaria aquela água oxigenada pelos cabelos por ter molhado minha esposa de propósito. Prestes a agir, paro meus passos, vendo a cara de incrédula da ruivinha se mudar para uma afeição de ódio e travessa, a olho sem entender.

Será que seria agora o momento em que cordelia pularia na piscina e afogaria a tagarela e a loira azeda que gargalhava da situação como duas crianças?

Mas não.

Ela não fez isso. Eu diria que fez até melhor. Engulo em seco, acompanhado por uma tosse, conforme Cordélia desliza o vestido pelo seu corpo, tirando-o. Meus olhos se fixam naquela maravilhosa visão.

PORRA!!

Ela não fez isso.

Me nego a acreditar no que meus olhos veem.

Minha esposa fica somente de lingerie branca, pegando a peça molhada e desfilando apenas com peças íntimas em minha direção. Olho para Apollo, que parece que vai babar no corpo da minha esposa.

— Desvie a porra do olhar ou eu te mato, filho da puta — rosno entre dentes, contraindo meu maxilar.

— Foi mal, é que...

— Apollo Aggelidis, terceiro, não ouse terminar essa frase — a loira oxigenada berra em fúria, seus olhos como ferpas em direção a Cordelia, que se saiu por cima.

Desfilando aquele corpo gostoso.

Lindsay também estava com o mesmo olhar mortal de Helena. Nem parece que antes estavam se divertindo com o incidente provocado.

Uma esposa para o mafioso: Livro 2 Série Máfia N'drangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora