Epílogo 2

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FELLIPP BARBIERI

10 anos depois

Entro em casa tendo a visão mais privilegiada: minha esposa e filha tomando café da manhã enquanto conversam sobre algum assunto. Analiso seus fios ruivos e longos. Olhar para Winner é como estar olhando para Cordelia; as duas são bem parecidas, tanto nos gostos quanto fisicamente. Minha princesinha ama vestidos, assim como a mãe, tendo seu estilo único. Winner é minha menina meiga e gentil; ela consegue ser ainda mais fofa e gentil que a mãe dela quando a conheci, e isso me faz ser mais protetor.

Com Summer, a história é outra. Minha menina tem um jeito mais solto e, às vezes, meio bruto, sempre querendo ser dona de si e independente. Amava cada personalidade das minhas filhas. Conseguia ser mais protetor com Winner, já que Summer sabia muito bem cuidar de si mesma. Contudo, o amor era o mesmo; amava as duas na mesma proporção.

Summer e a winner tinham uma beleza exuberante, o que chama bastante a atenção de futuros pretendentes. O que é claro é que eu e minha esposa evitávamos prontamente; não queria minhas meninas em um casamento arranjado ou por conveniência. Isso jamais permitiria.

— Papai — minha menina me vê, chamando a atenção para sua mãe, que abre um lindo sorriso.

— Tudo bem, princesa — deixo um selinho em sua testa, sentindo o cheirinho de pêssego que ela adorava.

— Sim, papai, mamãe e eu estávamos conversando sobre a ida para casa no lago – ela se referia à nossa propriedade na Toscana. Deixo um beijo nos lábios da minha esposa, sentando ao seu lado.

— E o que decidiram?

— Summer obrigou Breno e Kian a comparecer — sorrio com orgulho; Summer sabia muito bem persuadir. Gostava da relação que minhas filhas tinham com os primos. Eles eram bem unidos.

— Tia Cicila não confirmou presença; ela disse que, dependendo da hora que o tio Enrico e Hunter chegassem, eles iam — Minha filha segue falando e torço o lábio, lembrando-me da loira abusada. Nunca iria me esquecer da ousadia daquela mulher; não é à toa que se casou com um homem igual a ela. Enrico e Cicila eram iguais e também tinham o filho deles, Hunter.

— Bom, onde está sua irmã? — questiona, dando um gole no suco.

— Estou aqui, papai — minha filha mais velha diz, indo em direção à mãe dela, deixando um beijo em sua bochecha. Logo em seguida, faz o mesmo comigo.

— Filha, está sangrando — minha esposa aponta para o machucado, preocupada.

— Não é nada demais, mamãe; foi só um arranhazinho — ela diz, parando ao lado da irmã e fazendo um carinho em Winner. — Bom dia, maninha.

— Tem certeza que não quer que eu olhe? — Cordelia insiste, preocupada.

— Mãe, está tudo bem, de verdade; não é necessário.

— Como foi o treino? — pergunto, e ela enche uma xícara com café.

— Tio Pietro e tio Dante pegaram pesado hoje, uma pena, tio Enrico não estar lá para amenizar. — Ela diz e sorrimos. Summer e Connor têm a mesma idade e, com apenas 16 anos, ninguém consegue segurá-los quando o assunto é referente à máfia. Cordelia não imaginava que nossa filha iria se interessar pela máfia; foi muito difícil convencê-la. No entanto, ela acabou entendendo que era aquilo que nossa filha queria e deu todo apoio, apesar de não gostar.

Cordelia fez o que alguém devia ter feito por ela e tinha um imenso orgulho da minha mulher.

Summer, desde mais nova, acompanhava os treinos de Breno e Kian, e somente por olhar, minha menina aprendeu rápido a lutar. Outra coisa que me enchia de orgulho: ela era boa no que fazia, tanto que, ano que vem, iniciaria no treinamento da máfia, ao qual ficaria dois anos fora. Com apenas 17 anos, Summer e Connor treinavam com os tios ou comigo, e Lorenzo já estávamos preparando para o treinamento final.

Uma esposa para o mafioso: Livro 2 Série Máfia N'drangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora